Viaturas da Polícia Militar ficaram estacionadas em Fortaleza e na região metropolitana durante parte da votação deste 5 de outubro, fato que, segundo promotores eleitorais, prejudicou a repressão à boca de urna e outros crimes relacionados ao pleito. As queixas dos promotores provocaram reunião na tarde de domingo entre integrantes da Justiça Eleitoral e o secretário estadual da Segurança, Servilho Paiva, na sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
“Na parte da manhã vários colegas reportaram que não havia policiamento ostensivo. A resposta ocorria quando se constatava uma situação irregular e se acionava a polícia. A gente esperava que o policiamento fosse feito de uma forma diferente”, disse o o procurador regional eleitoral do Ceará, Rômulo Conrado.
O procurador participou da reunião no TRE, por volta das 13 horas, assim como o comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Lauro Prado. “Conversamos com o comandante e o secretário e eles explicaram que várias viaturas ficaram paradas em pontos-base, esperando serem chamadas pela Ciops (Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança)”, contou Rômulo.
Segundo ele, o pedido dos promotores para que as viaturas passassem a circular foi atendido pelos representantes da segurança estadual. Antes que fosse, contudo, a fiscalização e a coibição de crimes eleitorais acabou prejudicada.
“Houve várias detenções, especialmente por boca de urna, uma grande parte envolvendo propaganda a favor do Camilo (Santana, candidato ao governo pelo PT)”, afirmou Rômulo.
Boca de urna
Conforme o vereador e deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR), a ordem para que as viaturas não circulassem partiu do coronel Kennedy Pimentel, coordenador da Ciops. “O coronel Prado me informou que foi determinação do coronel Kennedy, e o próprio secretário da Segurança se encontrava na Ciops ontem (domingo), determinando que as viaturas ficassem paradas”.
Wagner disse ainda ter informação de que “policiais foram impedidos de atender certos tipos de ocorrência quando envolvia denúncia de que a boca de urna era por parte do governo”.
O POVO procurou a Ciops. A assessoria de comunicação da Secretaria da Segurança pediu que as perguntas fossem enviadas por email. Até o fechamento desta página, entretanto, o email não foi respondido.
SERVIÇO
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