Noélio da Rocha Oliveira, 31, quer ir além do “Soldado” – apesar de ter prefixado seu nome de urna. No primeiro mandato político – atingindo eleição por influência da ligação com Capitão Wagner (PR) e vice-presidência na Associação dos Profissionais de Segurança –, afirma que não irá trabalhar “só pra segurança”, mas “em todas as áreas”.

Segurança pública, porém, “é um dos focos”, admite. Nessa área, pretende dar continuidade à proposta do companheiro Capitão Wagner de armar a Guarda Municipal de Fortaleza – pauta que ganhou destaque nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza em 2016.

Confira a entrevista da série do O POVO que apresenta novos vereadores da Capital.

OPOVO - Que pautas o senhor, como representante de categoria dos profissionais de segurança, pretende promover?

Soldado Noélio - A gente não vai trabalhar só pra área da segurança não.

Vamos trabalhar todas as áreas. Durante a campanha, percebi uma crítica da população com relação às pautas da saúde. Acho que é uma área que merece ser cuidada pelos vereadores. É uma demanda da população, e estamos aqui para representar ela. Vou focar muito em saúde e segurança, que darei atenção maior mas, lógico, vou atender a todas as áreas. Quem me procurar aqui no gabinete vamos trabalhar. Mas esse é o enfoque.

OPOVO - Dá pra fazer algo pela segurança na Câmara?

Soldado Noélio - Com certeza. Com relação a coisas como iluminação pública, questão do monitoramento de câmeras de vigilância e o próprio trabalho da guarda municipal. A lei nº 13.022 que regulamenta as Guardas Municipais no Brasil transforma, praticamente, elas numa polícia municipal. Se você for analisar, a guarda municipal pode portar ela. E ela tem a responsabilidade de cuidar dos prédios públicos e da segurança das pessoas nos prédios públicos, nos espaços públicos.

OPOVO - Então, dá pra continuar com a proposta do Wagner de armar a Guarda?

Soldado Noélio - Sem dúvida. Lógico que a segurança pública não se faz só com a guarda municipal, com armas. É com o geral, com o social, com oportunidades.

Ocupar as praças, dar oportunidade às pessoas, dar educação. Mas, com certeza, vamos trabalhar no intuito de fortalecer a Guarda pra que ela tenha destaque na segurança do município, pra que o fortalezense olhe pra Guarda na praça, no terminal, e tenha segurança. O que acontece hoje é o cidadão no terminal ou praça, acontece um assalto, e tem um guarda municipal: o que o guarda faz, se está desarmado? Ele aciona a polícia, que demora a chegar porque nem sempre está próxima. Se a gente treina a guarda e equipa, teremos um agente de segurança preparado pra proteger a população.

OPOVO - O senhor foi eleito na 1ª campanha. Faz parte da intenção do Wagner de inserir PMs na política local?

Soldado Noélio - Não, até porque minha visão dessa fala dele é mais de participação. Quando o Capitão se junta com alguma categoria, ele conversa aspectos da categoria. Essa conversa de que o Capitão quer “lotear” a Câmara ou Assembleia não procede.

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