O candidato a deputado estadual, Capitão Wagner Sousa (PR), denunciou, em um grupo de policiais no Facebook, exonerações e ações de represálias a policiais militares que participaram de vídeo em prol da candidatura dele e do candidato a deputado federal Cabo Sabino (PTN).
Ao O POVO, Capitão Wagner disse que foi informado pelo comandante-geral da Polícia Militar do Estado, coronel Lauro Prado, que Servilho Paiva encaminhará o vídeo à Controladoria, à Auditoria Militar e à Justiça Eleitoral. Na postagem no Facebook, Wagner faz denúncias sobre falta de punição na Polícia Militar em casos referentes a grupo de extermínio e furto de peças de viaturas, dentre outros crimes.
Segundo o vereador, dez militares teriam sido exonerados por apoiar sua candidatura e a de Sabino, sendo oito deles da Controladoria.
O POVO teve acesso a documentos internos da Polícia Militar que comprovam a exoneração de, pelo menos, um dos nomes apontados por Wagner. Sob a condição de anonimato, por temer perseguição, o policial afastado corroborou a tese de Wagner.
Segundo ele, o motivo foi-lhe confirmado verbalmente como sendo seu envolvimento com a campanha dos candidatos. Ele acusa o governo de implantar um clima de perseguição entre os policiais militares. “O pessoal está assustado mesmo com isso”, declara.
O coronel Lauro Prado nega que haja perseguição. Ele garante que as exonerações são feitas no interesse da força e que, da parte dele, nenhum militar estadual foi afastado por questões políticas.
Prado alega, porém, que a PM, enquanto instituição, deve permanecer “isenta da política”. O comandante afirma que policiais, mesmo que à paisana, evoquem suas patentes ao declarar voto, como acontece no vídeo. “O Prado é uma pessoal. O coronel Prado é outra pessoa”, exemplificou.
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