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Na tentativa de cobrir o rombo de mais de R$ 30 bilhões na peça orçamentária de 2016 apresentada ao Congresso e criticada por oposição e empresariado, o governo Dillma Rousseff divulgou ontem um pacote de medidas de austeridade a fim de economizar R$ 64,9 bilhões.
Entre cortes nos gastos da máquina (R$ 26 bilhões), mudanças na Previdência Social (R$ 1,2 bilhão com o fim do abono de permanência) e aumento da arrecadação (R$ 32 bilhões apenas com a recriação da CPMF e a redução do IOF), estão ações como o adiamento do reajuste dos servidores de janeiro para agosto (economia de R$ 7 bilhões) e a suspensão de concursos públicos no ano que vem (menos R$ 1,5 bilhão).
Anunciado pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento), o pacote econômico, elaborado poucos dias após o Brasil perder o selo de bom pagador da agência Standard & Poor’s, integra um esforço fiscal para alcançar o superávit primário de 0,7%.
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Em um ambiente político conflagrado, com a oposição reanimada por pedidos de impeachment e uma base parlamentar desarticulada, é quase certo que Dilma encontrará enormes obstáculos para encaminhar projetos que elevem a carga tributária, como o da volta da CPMF. De acordo com o Planalto, os ganhos com o novo imposto são importantes para fechar outro rombo: o da Previdência.
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