A cada dia do primeiro trimestre de 2014, Fortaleza registrou pelo menos seis assaltos a ônibus. Segundo números do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sindiônibus), janeiro, fevereiro e março deste ano somaram 581 ações do tipo na Capital. O número é alto, mas ligeiramente inferior ao mesmo período de 2013 (587), ano em que o sindicato registrou 2.528 ocorrências.
Por causa desse cenário, estão previstas reuniões mensais entre a Polícia Militar (PM) e representantes de motoristas e cobradores de ônibus para orientar as ações para reduzir a violência nos coletivos. O acordo foi firmado na manhã de ontem no Comando Geral da PM. A próxima reunião está marcada para sexta-feira, 6 de junho.
“Nossa intenção é trazer os motoristas e cobradores para perto da Polícia, pois eles podem nos fornecer dados importantes para a identificação dos locais mais perigosos”, explicou o delegado Fernando Menezes, titular da Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
A proposta é também incluir as secretarias regionais para solucionar problemas de iluminação e pavimentação irregular em vias apontadas pelos trabalhadores. Situações como essas aumentam os riscos de ataques.
De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Lauro Prado, devem ser intensificadas as abordagens em ônibus e paradas nas áreas tidas como perigosas por motoristas. Os PMs ainda estarão mais presentes nos terminais de ônibus em ação conjunta com a Guarda Municipal.
“A ação que ainda falta é retirar o dinheiro dos ônibus”, opinou o presidente do Sindiônibus, Dimas Barreira. Ele defende que a população precisa aderir ao pagamento por meio do Bilhete Único.
Segundo Domingo Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário (Sintro), equipamentos como cofre, rastreador eletrônico e câmera de segurança não reduzem os assaltos nos coletivos. “O que falta é mais esforço, como eles estão prometendo agora. Se isso funcionar como o combinado, a gente acha que vai ter solução para os casos”. (colaborou Mariana Lazari)
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O governador Cid Gomes (Pros) prestou ontem solidariedade à família de Francisco Erivaldo Matias Marinho durante participação em pregão reverso na Assembleia Legislativa. “Quando uma pessoa morre vitima de violência, eu me sinto responsável. Não tem nada que me doa mais do que isso. Infelizmente, o sistema como um todo e eu falhamos e não conseguimos poupar a vida de uma pessoa”, disse.
Além dos ônibus, a violência afeta o transporte complementar. O presidente do Sindicato dos Empregados em Transporte Alternativo de Fortaleza (Sintraafor), Valdênio Aguiar, diz que foram cerca de 1.200 roubos a topiques da Capital
em 2013 e, em 2014, já foram cerca de 500.
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