Quando se disseminaram as pesquisas que relacionam a espiritualidade e a saúde, na década de 1990, as faculdades de medicina se interessaram nos estudos sobre o tema. No Ceará, alunos do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) dispõem, desde 2004, da disciplina Espiritualidade e Saúde, ministrada pela professora Eliane Oliveira, do departamento de Morfologia. O curso, de 20 horas/aula, é uma disciplina optativa.
De acordo com a professora, o curso serve para “abrir a mente” dos novos profissionais sobre essa abordagem. Os alunos têm acesso a reflexões sobre a espiritualidade no cotidiano médico, os cuidados com o paciente sob essa visão, além de expor o trabalho das capelanias em atuação no País.
“Os estudos sobre a espiritualidade no campo da saúde ampliam a noção do modelo biomédico. É uma noção ainda embrionária, mas que cresceu muito ao longo dos anos de estudos e se tornou, a meu ver, um caminho sem volta”. Segundo ela, os alunos chegam à disciplina com dúvidas sobre a abordagem, mas com a “mente aberta”. “Nunca percebi nenhuma indisposição. Alguns mantêm a postura crítica, mas não de maneira negativa”.
Eliane acredita que, no meio médico, está havendo uma “mudança de paradigma”. “O ser humano está prisioneiro da razão instrumental, como se a gente não tivesse emoções, sentimentos e crenças”, pondera. Nesse caminho, a professora acredita que pode haver maior abertura para os estudos que relacionam a saúde e a espiritualidade. (Rômulo Costa)
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