Único deputado cearense a integrar a Comissão do Impeachment na Câmara, o deputado Danilo Forte (PSB) criticou defesa do governo Dilma Rousseff (PT) em audiência no grupo. Segundo o deputado, explicação dada pelo ministro Nelson Barbosa (Fazenda) foi “superficial” e “fajuta”.
Em reunião desta quinta-feira, Nelson Barbosa defendeu a presidente na acusação de que “pedaladas fiscais” feitas pela gestão representariam crime de responsabilidade. "Todos os atos da presidente seguiram exigências do Tribunal de Contas da União", disse, destacando que créditos abertos pelo governo não modificaram limite total de gastos.
Danilo Forte contesta a defesa, afirmando que o ministro “sequer conseguiu reconhecer” documento do ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que reforçaria tese de irregularidade das pedaladas. “O documento reconhece as pedaladas fiscais, do ponto de vista, inclusive, do déficit financeiro (...) num montante de 57 bilhões de reais”, disse.
“As contas não foram quitadas. O que foi feito foi exatamente, no linguajar popular, uma pedalada, numa transferência continuada de contas, que foram pagas no final do ano de 2015, pela aprovação de um PLN, na Comissão Mista de Orçamento, em que foi criado um rombo fiscal e financeiro, que se acumulou para 2016”, completou Forte.
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