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AL-CE 24/03/2016 - 15h03

"Marxismo" e "censura LGBT": deputados saem contra Plano de Educação

Formado principalmente pela bancada evangélica, o grupo criticou sobretudo trechos do documento que preveem combate à discriminação por orientação sexual
notícia 1 comentários
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Carlos Mazza carlosmazza@opovo.com.br
Agência Assembleia
Segundo Carlos Matos, projeto traz questões de "ideologia" e busca ajudar na implantação do marxismo

Deputados estaduais saíram nesta semana em críticas ao novo Plano Estadual de Educação (PEE), atualmente em discussão na Assembleia Legislativa. Formado principalmente por parlamentares da bancada evangélica, o grupo criticou sobretudo trechos do documento que preveem combate à discriminação por orientação sexual.

Para Carlos Matos (PSDB), ação tem por trás “projeto de poder” da esquerda pela implantação do marxismo. “Há um grande problema no plano, no ponto onde trata da questão de gêneros. Ali está sendo implantada uma ideologia”, diz Matos, ligado ao grupo católico Shalom. Ely Aguiar (PSDC) também contesta: “Orientação sexual de uma criança começa em casa, pela família, e não na escola”.

Já Dra Silvana (PMDB), pastora evangélica, tem questionado audiências da comissão que debate o PEE na Casa. Segundo ela, encontros têm sido “direcionados ao público LGBT” (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), com audiências voltadas para "outros públicos" sendo censuradas. “Precisamos de uma audiência que contemple todos os segmentos da sociedade e não que apenas um tenha o direito de se manifestar”, diz.

O que é fato

Com mais de 20 metas para melhorar índices da educação no Ceará, o Plano Estadual de Educação não traz, em nenhum ponto, qualquer espécie de discussão sobre orientação sexual com crianças. Em sua meta mais polêmica, a de número 8, o plano trata da elevação da escolaridade média de alunos, destacando ações para setores marginalizados ou vítimas de preconceito.

Entre eles, estão o de alunos LGBT. Sobre este ponto, são previstas "criação de políticas específicas para elevação da escolaridade” de LGBTs e a formação de professores e gestores capazes de lidar com temas de diversidade sexual, bem como questões “ambientais, étnico-raciais, de inclusão, musicais, de gênero e de educação sexual”.

O PEE, no entanto, trata mais de questões específicas, como instituição de cursos preparatórios para o ENEM, erradicação do analfabetismo e melhora do desempenho em diversas disciplinas, como matemática. Ao contrário do que pregam boatos, não há “kit gay” ou qualquer distribuição de material sobre educação sexual para crianças.

espaço do leitor
FULECO FULERO 04/05/2016 06:58
O jornal não deixou claro de quem é a fala a partir do parágrafo "O que é de fato" Isso é a opinião desse jornal? E pode não haver kit gay, mas é claramente uma tentativa de se criar privilégios e se impor uma ideologia LGBT no ensino.
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