Novos acordos de delações premiadas com donos de empreiteiras brasileiras, como Odebrecht e OAS -, além das colaborações de peças importantes no petrolão, como Sergio Machado e seu filho - prometem revelar a extensão do esquema de propinas que abasteceu o caixa de partidos nas disputas eleitorais.
[SAIBMAIS 1 ]
A empreiteira Odebrecht e o Ministério Público Federal (MPF) assinaram, na semana passada, um pré-acordo de delação premiada que deve se estender a outros executivos da companhia. Maior empreiteira do País, a Odebrecht é uma das que mais doaram recursos para siglas nas campanhas. A delação do presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht, é uma das mais aguardadas pela força-tarefa da Lava Jato.
O presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, também já assinou acordo de colaboração. Léo Pinheiro, um dos mais próximos a Lula, já formalizou assinatura de um termo de confidencialidade com o MPF. Nessa etapa, os empreiteiros apresentam informações e documentos à Lava Jato. O acordo de delação só é feito se o MPF avaliar que o conteúdo interessa às investigações.
Operação
Os investigadores do MPF esperam, a partir das contribuições de suspeitos nas investigações da operação conduzida por Serio Moro, descobrir o elo entre empreiteiras, agentes públicas e partidos políticos.
Uma das chaves mais importantes no processo de abertura das “caixas pretas” dos partidos políticos são os áudios e a delação premiada do cearense Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, e de seu filho,Expedito Machado Neto.
Divulgadas nas últimas semanas, as gravações, que fazem parte do acordo de colaboração com o MPF, já derrubaram dois ministros do governo interino de Michel Temer (PMDB) - Romero Jucá e Fabiano Silveira.
À frente da Transpetro por mais de uma década, Machado e Expedito podem trazer à tona em suas delações detalhes sobre o modus operandi do esquema que irrigou o caixa de partidos com dinheiro desviado da Petrobras.
Conhecido como Did e apontador como operador financeiro da cúpula do PMDB no Senado, Expedito também acabou fechou acordo com a Justiça para contribuir com novas informações. As delações de ambos são consideradas bombásticas nos
bastidores de Brasília.
A expectativa é que os partidos da base do governo e da oposição sejam atingidos a partir das novas revelações da dupla e dos responsáveis pelas maiores empreiteiras do País. (com agências)
Saiba mais
Os presidentes das empreiteiras Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez formalizaram acordo de delação premiada.
A relação entre os governos, partidos e construtoras devem desenhar o contexto das doações a partidos políticos e campanhas eleitorais.
Em março, uma planilha da Odebrecht com nomes de centenas de políticos e dezenas de partidos foi divulgada
na imprensa.
Os investigadores seguem analisando as informações para saber se os repasses de dinheiro que continham no documento era fruto de propina ou era ilegais.
Pelo menos duzentos nomes foram localizados nas anotações da empresa. Cada político tinha um valor designado e um apelido.
Políticos tanto aliados do governo Dilma Rousseff quanto da oposição estavam no chamado listão da empreiteira.
A expectativa é que a empreiteira detalhe as doações a partidos e campanhas eleitorais. As revelações podem destrinchar um processo de corrupção sistêmico na relação entre construtoras e
governos no País.
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016