Trabalhando nos bastidores de Brasília para angariar apoio à candidatura para a presidência da Câmara dos Deputados, André Figueiredo (PDT-CE) criticou a possibilidade dos partidos PT e PCdoB apoiarem a reeleição do atual presidente Rodrigo Maia (DEM) em troca de cargo na composição da Mesa Diretora.
“Há uma compreensão de que seria incoerência abrir mão dos seus princípios por um cargo um pouco melhor na Mesa Diretora. Eu tenho absoluta convicção que o PT vai ter vaga na Mesa (na candidatura do PDT) pelo crit%u018Dério da proporcionalidade”, assegurou.
André, além dos partidos da esquerda — como PT, PSOL e PCdoB —, tem procurado legendas do centro para dialogar. “Amanhã (hoje) tenho reunião com o líder do PSD, e tenho conversado com todos os parlamentares da Rede”, disse.
O pré-candidato adiantou que não abre mão da candidatura independente do posicionamento final do PT e do PCdoB, que juntos possuem uma bancada de 69 parlamentares. A expectativa é que o lançamento da candidatura seja amanhã, em Brasília, conforme afirmou ao O POVO o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.
Além do deputado cearense que vai oficializar a disputa, os deputados Rogério Rosso (PSD-DF) e Jovair Arantes (PTB-GO) já anunciaram suas candidaturas na semana passada. Ambos os candidatos representam o bloco do chamado “centrão”, base aliada do presidente Michel Temer (PMDB).
A pré-candidatura do PDT é apresentada aos parlamentares como “independente”, repetindo o mesmo discurso adotado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), quando venceu a eleição em 2015.
Definições
O anúncio da candidatura de André será feito no mesmo dia que PT e PCdoB reunirão suas bancadas para definir o rumo que irão tomar na eleição do dia 2 de fevereiro.
O vice-presidente nacional do PT, deputado José Guimarães (PT), não descarta que o partido apoie o DEM logo no primeiro turno tendo em vista a vaga na Mesa Diretora que a legenda perdeu com a vitória de Cunha.
“Compensaria o PT compor logo no primeiro turno com um candidato que represente o governo golpista do Michel Temer? Esse é o debate que estamos fazendo”, pontuou Guimarães alegando que o PT também estuda apoiar André Figueiredo e até lançar candidatura própria, assim como em 2015.
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB) afirmou que “tudo é possível” na possibilidade de a sigla acompanhar o atual presidente Rodrigo Maia logo no primeiro turno na eleição. “Nós queremos um candidato que tenha independência. Não estamos muito propícios para votar com ele, mas é uma decisão que ainda vai sair”, diz.
Saiba mais
O que é comentado nos bastidores de Brasília é que a eleição já está polarizada entre dois candidatos da base aliada do governo Michel Temer: o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
A indefinição do PT e PCdoB, portanto, estaria ligada a essa polarização clara entre os parlamentares. Apoiar uma candidatura com mais chances de vitória seria forma de garantir de vaga na Mesa Diretora.
André Figueiredo, por outro lado, crê na possibilidade de ter pelo menos 100 votos no caso de unidade do chamado “bloco democrático”, além do apoio de dissidentes da base. Ele acredita que a quantidade de votos poderia garantir no segundo turno.
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