CÂMARA DOS DEPUTADOS 01/06/2016

Aliados manobram para tentar salvar Cunha

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WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL
Presidente da Câmara, Waldir Maranhão



No dia em que o deputado Marcos Rogério (DEM-RO) entregou ao Conselho de Ética o parecer em que sugere a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliados intensificaram manobras para tentar salvar o mandato do presidente da Câmara afastado.


Na reta final de um processo que já é o mais longo da história - a representação deu entrada na Câmara em 13 de outubro de 2015 -, a tropa de choque de Cunha tenta alterar as regras de cassação para beneficiá-lo, além de excluir do conselho deputados contrários a ele.


O voto de Rogério ficará lacrado até a sessão de hoje, mas a reportagem apurou que ele pede a cassação de Cunha sob o argumento principal de que ele mentiu à CPI da Petrobras quando, em 2015, negou ter conta no exterior. Apesar de estar impedido pela presidência da Câmara de incluir como motivo de cassação a acusação de que Cunha recebeu propina no petrolão, Rogério não irá ignorar o tema.


Ele argumentará que as contas na Suíça vinculadas a Cunha foram omitidas por ele por terem sido, segundo as investigações, abastecidas em parte com recursos do esquema de corrupção na Petrobras.


Aliados de Cunha trabalham para a aplicação de uma punição branda ao peemedebista, como a suspensão temporária de suas prerrogativas parlamentares. Eles dizem ter maioria dos votos no conselho, que tem 21 integrantes. Hoje, deve haver pedido de vista do relatório. A votação final no conselho deve ocorrer na semana que vem.


Em toda a tramitação do caso, Cunha e aliados promoveram diversas manobras para atrasar ou barrar o processo. O peemedebista foi afastado pelo STF justamente sob o argumento de que usava seu poder para deter as investigações contra ele.


Ontem, Maranhão patrocinou mais uma manobra. Enviou uma consulta à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a principal da Casa, que dá a ela a oportunidade de definir novas regras para a votação dos processos de cassação no plenário, em benefício de Cunha.


A consulta foi distribuída para ser relatada por Arthur Lira (PP-AL), um aliado fiel de Cunha. Lira afirmou, porém, desconhecer a consulta e disse que não sabia por que foi escolhido relator. (Folhapress)

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