/SEGUNDO TURNO/ 14/10/2014

MPE quer tropas federais na segurança do 2º turno da eleição no Ceará

Medida é necessária devido a denúncias do governador Cid Gomes e do vereador e deputado estadual eleito Capitão Wagner, segundo a Procuradoria, que pede ajuda federal em Fortaleza e na Região Metropolitana
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Carlos Mazza carlosmazza@opovo.com.br


A Procuradoria Regional Eleitoral do Ceará (PRE-CE) pediu ontem envio de tropas da Força Nacional de Segurança para garantir a normalidade do 2º turno das eleições na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo a PRE-CE, a medida é necessária diante de denúncias de Cid Gomes (Pros) da existência de “milícias” na Polícia Militar do Estado e do acirramento entre o grupo do governador e aliados do vereador Capitão Wagner (PR) na corporação.


Segundo a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), a decisão foi tomada pela PRE-CE em diálogo com a presidente da Corte, Iracema do Vale. O pedido será protocolado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo TRE-CE, que irá notificar o Governo do Estado questionando sobre a real necessidade de ajuda federal. Caso o governador concorde, a Corte deve reforçar o pedido de tropas.


Acirramento

“Tem-se situação de notório acirramento de ânimos considerando o engajamento em campanha eleitoral do candidato Capitão Wagner, candidato mais votado ao cargo de deputado estadual, opositor do grupo político liderado pelo governador Cid Ferreira Gomes”, diz a PRE.

 

De acordo com o Ministério Público Eleitoral (MPE), a presença de tropas federais seria necessária na Região Metropolitana de Fortaleza, incluindo os municípios de Caucaia, Maracanaú, Maranguape e Pacatuba, além da capital.


A ideia seria evitar o cerceamento das atividades da PM, bem como da “prática esdrúxula” de manter viaturas estacionadas em pontos fixos, o que, no entendimento da PRE, prejudicou a repressão à boca de urna e de outros crimes eleitorais no dia 5 de outubro.


No dia da votação no primeiro turno, o governador deu declarações de que uma “milícia” estaria atuando para desequilibrar a disputa em benefício de Eunício Oliveira (PMDB). Segundo Cid, militares ligados ao grupo estariam prendendo apoiadores de Camilo Santana (PT). O próprio governador passou parte do dia numa delegacia de Sobral, após um vereador do Município, seu aliado, ser detido acusado de comprar votos.


Capitão Wagner, aliado a Eunício, rebateu as acusações de Cid afirmando que o governador faz discurso de quem “viu possibilidade de perder o poder” para o peemedebista. O próprio Wagner disse que iria sugerir a Eunício que pedisse intervenção federal para garantir a realização de uma eleição “limpa” no segundo turno.

 

SERVIÇO

 

Procuradoria Regional Eleitoral no Ceará

Site: www.prce.mpf.mp.br/pre

 

Para entender o caso


Cid acusa “milícia”

Na noite de 5 de outubro, dia da eleição, o governador Cid Gomes (Pros) declara que militantes do candidato ao governo Camilo Santana (PT) foram vítimas de uma “milícia” na Polícia Militar comandada pelo vereador e deputado estadual eleito Capitão Wagner (PR), aliado do candidato ao governo Eunício Oliveira (PMDB). Segundo Cid, a “milícia” agiu “prendendo direcionadamente militantes da campanha do Camilo, direcionadamente, organizadamente”.

Cid, licenciado para se dedicar à campanha de Camilo, afirma que voltará ao governo para apurar a conduta desses policiais. “Denunciar esse tipo de postura, isso é terrível, imagine quando a força que é para cuidar da segurança comece a cuidar de interesse politiqueiro, isso é o pior dos mundos”.


Ciro pede nomes

O trabalho da PM durante a votação também foi alvo do secretário da Saúde do Estado, Ciro Gomes (Pros). Em seu perfil no Facebook, o irmão do governador compartilhou o vídeo que mostra a abordagem policial a uma advogada no domingo e pediu aos internautas que enviassem os nomes de policiais que não tenham agido de acordo com as regras. “Polícia mancomunada com milícia e narcotráfico não é polícia, é bandido! Mandem nomes por inbox! Não vai ficar nenhum!”, escreve Ciro.

Wagner sugere Força Nacional

Wagner responde dizendo que a Polícia Militar não fez nada além de reprimir boca de urna e outros crimes eleitorais, e sugere a Cid que peça auxílio federal.

“Se ele suspeita de que haja qualquer favorecimento, ele pode chamar a Força Nacional, o Exército para trabalhar nas eleições. Vou até sugerir ao nosso candidato Eunício que possa interceder para que a gente tenha intervenção federal na segurança pública na época do segundo turno”.

 

espaço do leitor
carlos ivan m. carneiro 16/10/2014 18:59
não vote em ladrões, não sejam um deles, o color de melo que tambem é ladrão já está junto com o pt.nunca encontraram nada do psdb.
Carlos Ivan Moreira Carneiro 16/10/2014 18:55
não vote em ladrões, não sejam um deles, o color de melo que tambem é ladrão já está junto com o pt.nunca encontraram nada do psdb.
José Valdeci Lima 15/10/2014 05:46
Diante dos fatos, uma coisa ficou clara: o candidato já percebeu que investir neste "negócio eleitoral" é de alto risco. Por isso não há mais vagas para aderir a sua campanha.
Cadeado Fechado 14/10/2014 12:40
Se o Governador CID GOMES é um dos principais envolvidos na compra de votos no Ceará, o que usa a máquina pública em seu favor...O TSE ainda pergunta se ele que intervenção federal???? É o mesmo que a justiça perguntar ao ladrão: Você quer que a polícia de prenda??? o que será que ele vai responder?
Cadeado Fechado 14/10/2014 12:39
"o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) só convocará as tropas federais para o Ceará se houver concordância do governo local..." KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK..... Essa piada é muito boa.....
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