A relação entre a política e as mulheres pulsa no cotidiano, nas lutas diárias, na participação da construção das políticas da cidade. No entanto, no sistema de representação política do País nos partidos, Câmara e Assembleia, a presença feminina ainda é deficiente, muitas vezes como consequência da forma como a política é feita no País.
Segundo pesquisa do DataSenado, realizada em parceria com a Procuradoria Especial da Mulher, 83% da população brasileira afirmou que o sexo do candidato não impacta na preferência de voto. E, a eleição de uma mulher para presidente da República influencia os eleitores a votarem em outras mulheres, na opinião de 65% dos entrevistados.
Já a disposição em se candidatar a algum cargo político faz parte da vida de 62% das mulheres e 66% dos homens. Apesar disso, o Brasil ocupa o 131º lugar no que diz respeito à presença das mulheres nos parlamentos nacionais, segundo a União Interparlamentar.
Na mesma pesquisa do DataSenado, 41% das mulheres e 36% dos homens entrevistados apontaram que o principal motivo para as mulheres não se candidatarem é a falta de apoio dos partidos.
E, para 23% e 26%, respectivamente, é a falta de interesse em política. Já para 19%, a dificuldade em concorrer com homens é o principal motivo de desestímulo em se candidatar.
Segundo a pesquisa, a realidade em que mulheres são candidatas somente para que os partidos cumpram as cotas exigidas em lei e o cotidiano dessa política “formal” indicam a necessidade de reavaliação da forma como se tenta efetivar a presença feminina na política dos partidos, votos e vagas.
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