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mirian sobreira 10/10/2014 - 15h40

Deputada cobra participação feminina em direção da Assembleia Legislativa

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Máximo Moura / ALCE
Mirian Sobreira foi reeleita para a próxima legislatura

A deputada Mirian Sobreira (Pros) cobrou, durante discurso nesta sexta-feira, 10, a participação das mulheres na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará na próxima legislatura. Mirian agradeceu ainda o voto dos eleitores e criticou o acirramento político nas eleições de 2014.

Sobreira afirmou que não vai aceitar a falta de participação da mulher na Mesa Diretora em 2015. “Seremos quase 20% dos representantes e não dá para ficar de fora. Não estamos brincando de ser parlamentar”, assinalou. Ela lembrou que está em tramitação na Assembleia uma proposta de emenda ao regimento interno que determina a participação feminina na Mesa Diretora.


Em seu pronunciamento, Mirian ainda lamentou a falta de mulheres no parlamento. Ela considerou uma perda, a ausência de Rachel Marques (PT) e Eliane Novais (PSB) na próxima legislatura.

Mesmo aumentando de seis para sete membros, a bancada feminina registra número insatisfatório. “Ainda é um número pequeno para a proporção de mulheres do Estado, que são 52% do eleitorado”. Para a parlamentar, o eleitorado ainda não compreendeu que é importante a participação da mulher na política. A deputada também saudou as parlamentares reeleitas Bethrose (PRP) e Fernanda Pessoa (PR).

A deputada Rachel Marques agradeceu a citação da oradora. “Realmente perdemos. Isso deve levar a uma reflexão. Hoje ocorre uma sub-representação feminina. Precisamos reforçar a participação de mulheres, jovens, negros e indígenas no Parlamento”, acrescentou.

Disputa
A deputada criticou ainda o acirramento da disputa eleitoral e revelou, sem citar nomes, que teve “um dos adversários mais truculentos e nojentos, em Iguatu”. Segundo ela, “todo tipo de crueldade” foi cometido contra sua candidatura, com o intuito de que ela não se elegesse. "Todos os dias os adversários soltavam panfletos anônimos, dizendo que eu não era candidata”, frisou.

Presença feminina
Para cumprir legislação que determina que o mínimo de candidaturas de cada sexo é de 30% e o máximo de 70%, partidos lançam mão de “candidaturas fantasmas”, em que o nome é registrado apenas para preenchimento da cota, mas não há campanha ou atividade política para que a eleição ocorra.

Dessa forma, nas eleições deste ano, o Ceará contabilizou três candidatas com nenhum voto, mesmo com a candidatura deferida, ou seja, regular. As candidatas Di Neia (PTC), Iracema Alves (PTC), Evania Xavier (PR) foram as que tiveram os nomes acompanhados por um 0 (zero) no sistema que divulga os resultados.

Redação O POVO Online
com informações da Agência AL

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