O PMDB decide hoje, dentro de um contexto de forte divisão interna e de queda da presidente Dilma Roussef nas pesquisas, se mantém a sua aliança nacional com o PT. A convenção nacional, realizada em Brasília, expõe mais uma vez um PMDB dividido diante de um contexto desfavorável ao Governo Federal.
Pressionado pelo desejo de mudanças expresso pela maioria da população e sofrendo críticas à sua política econômica, o Governo tenta manter seu principal aliado. Aliado difícil, porém. Conflitos com setores do PMDB na Câmara dos Deputados e a busca constante do partido por mais cargos em ministérios e autarquias permearam a maior parte da aliança com o PT até aqui.
Dissidências quanto à proposta da direção nacional de renovar a aliança com o PT encontram-se em pelo menos seis diretórios estaduais: Bahia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará. Em outros oito estados há expectativa de racha com o PT. Divisões também estão presentes na bancada do partido na Câmara.
Integrantes do partido reclamam da maneira como a agremiação tem sido tratada. “O PMDB foi tratado como um partido de segunda categoria nessa governo. Temos ministérios ridículos. Apesar de termos o vice-presidente da República, não participamos da direção política e econômica do país. Ninguém do PMDB participa das grandes decisões na hora de decidir sobre planos econômicos, sobre a Petrobras”, destaca o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
“Os nossos parlamentares têm reclamado que as emendas votadas não são liberadas a contento num prazo adequado para fins de aplicação nos seus municípios”, diz João Alves de Melo, secretário-geral do PMDB no Ceará.
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) ameniza as dissidências nos estados. “Realmente existem divergências nos estados onde não houve aliança com o PT no plano local, mas representantes da Bahia e do Mato Grosso do Sul tem dito que serão a favor da continuação de Michel na vice-presidência. Temos votos divergentes no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro, apesar do Sérgio Cabral, o (Luiz Fernando) Pezão, o Eduardo Paes e até mesmo o (deputado federal-RJ) Eduardo Cunha terem dito que vão apoiar a convenção nacional”. “Acreditamos que podemos disputar o Governo do Estado com o PT em cerca de onze estados”, ressalta.
O peso cearense
O Ceará é o quinto estado com mais convencionais, atrás do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para o deputado federal Danilo Forte (PMDB-CE), o resultado da convenção será “apertado” e qualquer prognóstico é “chute”.
“Eu acredito que o resultado final será pela continuidade do entendimento PT-PMDB”, afirma o deputado federal Mauro Benevides (PMDB-CE). “O PMDB sempre se conduziu dessa forma, com discrepâncias, e sempre chega a um ajustamento no final”, conclui João Alves de Melo.
Serviço
Convenção Nacional do PMDB
Quando: terça-feira, 10Onde: Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, Brasília-Distrito Federal
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