Após sucessivos “nãos” sobre uma possível candidatura em 2014, o ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) mudou o discurso e, ontem, pela primeira vez desde 2010, admitiu que poderá disputar mais uma vez uma vaga no Senado. A hipótese foi considerada sob a pressão de presidentes de diretórios do PSDB, durante reunião em Brasília.
Segundo lideranças presentes, Tasso disse: “Se for imprescindível minha candidatura, a gente volta a conversar”. Para a cúpula do partido, o retorno do cearense às urnas é considerado imprescindível para a campanha do senador tucano Aécio Neves à Presidência da República.
Durante a reunião, Tasso, que vinha se mostrando irredutível na decisão de não concorrer, negou que esteja omisso à responsabilidade de fortalecer o palanque de Aécio no Ceará e disse que se sente “corresponsável” pelo projeto nacional da sigla. Segundo o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), que participou do encontro, o tucano-mor do Estado também ressaltou a necessidade de uma boa composição partidária e disse que fará “as articulações necessárias” para isso.
Impactos
A guinada no discurso de Tasso é um ingrediente novo no panorama pré-eleitoral. Apesar dos índices de rejeição em torno de seu nome, a oposição aposta que a participação do tucano torna a disputa mais competitiva e “fortalece a chapa à qual ele se alie”, afirmou o deputado estadual Heitor Férrer (PDT), um dos principais críticos do governo Cid Gomes (Pros) na Assembleia.
Consequentemente, a situação tornaria menos confortável o plano de Cid de emplacar os candidatos de sua aliança – principalmente, na vaga do Senado, pleiteada internamente pelo deputado federal José Guimarães (PT) e o senador Inácio Arruda (PCdoB). “O Tasso entrando no jogo, muda. É sempre um candidato forte”, avaliou o presidente estadual do PPS, Alexandre Pereira – que está ao lado do Pros em 2014.
A situação também atiçaria os planos do senador e pré-candidato ao Governo Eunício Oliveira (PMDB), cuja aliança com Cid está à beira do rompimento. Ao O POVO, o peemedebista foi cauteloso ao avaliar as declarações de Tasso. “Quanto mais opções a população tiver, melhor para o debate político”, afirmou. Ele voltou a dizer que irá procurar o PSDB e, questionado, lembrou a possibilidade legal de os dois partidos estarem juntos mesmo com candidatos a presidente diferentes – Eunício pedirá votos para Dilma Rousseff (PT), não para Aécio.
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