Comportamento 08/01/2017

O que a geração mimimi tem de melhor

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MATHEUS DANTAS
Thomas Reeve, 29, dono da empresa de plantas ornamentais NatuAYO dribla a má fama da geração mimimi


Para os especialistas, esses comportamentos têm a ver com os propósitos de vida da Geração Y. Focando menos no trabalho, eles priorizam os momentos de lazer e as experiências, sem ligar muito para os bens de consumo. “Eles têm propósitos diferentes da geração anterior e não buscam mais tanto a estabilidade financeira e sim as experiências”, diz Marlyse.


Esses profissionais são de uma era que chamamos de multitarefa, fazendo várias atividades ao mesmo tempo, com uma velocidade diferente inclusive de aprendizado e atenção. “Eles trabalham muito em rede. Então, em determinadas atividades, ter um profissional multitarefa é um diferencial”, completa a diretora.


Rafael afirma que hoje, metade da população que está no mercado de trabalho é formada por Millennials. O gestor conta que há 15 anos era incomum ver pessoas mais jovens em posição de liderança.


Thomas Reeves é um desses casos, com menos de 30 anos ele comanda cerca de 30 funcionários, na empresa NatuAYO. “Em todos os ambientes que vou, normalmente sou o mais novo e tenho que conseguir interagir bem com todos, apresentar bem minhas posições e ter conhecimento do que estou falando”, diz. Isso quer dizer que as relações de trabalho mudaram, comenta Rafael. “Requer que as pessoas tenham mais equilíbrio. Saímos de um modelo mais hierarquizado, e vivemos em um onde as pessoas possam expor suas opiniões”.


Com tantas opiniões expostas, vem daí a fama de reclamões dessa geração. Por terem um anseio muito grande por desafios, eles acabam desafiando mais, o que também pode ser confundido com agressividade no ambiente de trabalho, “mas para além disso, esse é um indivíduo que busca oportunidades alternativas para resolver problemas, por isso questionam tanto”, diz Marlyse.


Apesar de questionadores, esses jovens sabem reconhecer e respeitar as hierarquias, mas de uma forma diferente, “eles passam a respeitar quem os respeita”, comenta a gestora. Para Thomas, apesar das posições diferentes, “sempre há uma interação de respeito, e cada chefe é diferente”.


Relação com as empresas

Com toda uma geração que não fica apenas aceitando ordens, ansiosa por oportunidades e querendo crescer, é preciso que as empresas também repensem a relação com esses funcionários, explica Rafael. “Os gestores precisam aprender a ouvir esses jovens, tratar dos assuntos e não jogar embaixo do tapete, o que eu acho que tem sido pouco feito. Mas deve haver uma calibragem dessa relação, a geração deve saber a hora de falar, e quem está na posição de ouvir deve estar com os ouvidos abertos”.

 

Além disso, é preciso levar em consideração que o conceito de produtividade mudou. Antes, era apenas chegar e bater o cartão, hoje, é preciso interpretar de outra forma. “Não podemos ser injustos e chamar a todos de preguiçosos, lógico que tem gente assim, mas de repente quem trabalha seis horas produz mais do que quem trabalha oito e tem um tempo ocioso nesse período”.


Em contrapartida, é preciso que esse grupo busque maturidade e trabalhe a paciência, com uma leitura maior dos acontecimentos e frieza para interpretar o momento no ambiente de trabalho. “As empresas também precisam ter coragem de ter pessoas mais ambiciosas. Elas às vezes fogem desse tipo de perfil por não terem coragem de gerenciar quem é mais ambicioso. Além disso, os gestores precisam compartilhar o propósito da empresa”, diz Rafael.


No fim, o principal é potencializar os pontos fortes dessa geração. “Utilizando e potencializando essa conectividade, a capacidade de fazer várias atividades ao mesmo tempo, com equilíbrio e qualidade de vida, essas trocar podem trazer muitos resultados positivos ao final”, conclui Marlyse.


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