Uma das dificuldades para que os cérebros cearenses “iteanos” regressem está na questão do salário a ser pago. Enquanto empresas de fora pagam mais, mesmo com o custo de vida mais elevado em cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo, outro fator mina o retorno: a insegurança em contratar um jovem na casa dos 20 anos.
Alyson Fernandes, 24, aluno do 4º ano de engenharia da computação, diz que seu sonho é voltar ao Ceará. “Quando me estabilizar, quero retornar e trazer ideia nova, abrir uma empresa ou tentar aplicar algo no mercado”, projeta.
“O problema não é a remuneração, mas o fato de o empresário subestimar, muitas vezes, a capacidade de resolução de alguém tão jovem. Esquecem da capacidade criativa do engenheiro para algumas áreas”, destaca Ari de Sá Neto, presidente do Sistema Ari de Sá de Ensino (SAS).
Ele afirma que o SAS tem uma política de contratação de talentos do ITA – programa Summer Job – com duração de dois meses. “Temos oportunidades na área de tecnologia educacional, pelo fato de lidarmos com o nosso desafio logístico de entregar três milhões de livros. O aluno escolhe a área que deseja atuar e, quando se forma, pode trabalhar conosco”, explica. A vaga fica reservada para que, ao término do curso do ITA, o aluno possa voltar.
Mão de obra especializada
Um dos vetores responsáveis por fomentar o desenvolvimento industrial no Ceará é a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). E oportunidades despontam nessa área. Segundo Marcelo Bonfim, coordenador de Recursos Humanos da CSP, o Estado precisa formar mão de obra especializada no segmento. E uma forma de moldá-la é por meio dos programas de estágio para os iteanos. “Entendemos o potencial do Ceará e quanto os alunos do ITA podem agregar à empresa”, considera. As vagas para os alunos do instituto são de perfil técnico.
A política de estágios e programas trainees (com duração de dois a três meses) também é adotada pela Organização Educacional Farias Brito. “Queremos trazer esses talentos para dentro do Farias Brito. As empresas precisam se abrir, pagar uma remuneração adequada e ter uma oportunidade de carreira que gere crescimento para esses profissionais”, destaca Guilherme Ellery, diretor Administrativo e Desenvolvimento da Organização. “Também é fato que o desconhecimento contribui. Mas acredito que, com esse passo, as empresas visualizarão a necessidade e contratar um profissional que seja diferenciado”, acrescenta. (Átila Varela)
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