O novo ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que pode mudar toda a equipe de investigação em caso de novo vazamento ilegal de informações no âmbito da Operação Lava Jato. O ministro adianta que “não precisa ter prova” da conduta irregular para tomar providências ligadas às operações deflagradas pela Polícia Federal.
“Cheirou vazamento de investigação por um agente nosso, a equipe será trocada, toda. Não preciso ter prova. A Polícia Federal está sob nossa supervisão. Não é razoável, com o País num momento de quase conflagração, que os agentes aproveitem esse momento delicado para colocar gasolina na fogueira”, disse o novo ministro. Sobre possível interferência nas investigações que envolvem nomes ligados ao governo, Aragão negou qualquer movimento nesse sentido. “Não tenho essa prerrogativa, essa competência”.
O ministro minimizou ainda o conteúdo das gravações divulgadas em que Lula afirma que ele deve ter pulso firme na condução da pasta. “Isso é uma conversa privada dele. As pessoas entre quatro paredes falam o que querem. Fico até me perguntando qual o interesse público numa fofoca dessa. Isso para mim se chama fofoca. Não me afeta”, rebateu.
O ministro, considerado próximo ao PT, classificou como “extorsão” a maneira com que as delações premiadas são negociadas na maior operação realizada pela PF. Questionado sobre o interesse público na divulgação das informações, ele afirmou que existe a presunção da inocência. “Há um conflito entre o interesse público pela informação e a presunção de inocência. Quando se trata de colocar lado a lado esses dois valores, prefiro a presunção de inocência”.
Eugênio Aragão tomou posse na última quinta-feira, 17, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto.
No mesmo dia, foram nomeados o ex-presidente Lula (Casa Civil) -que está momentaneamente suspenso do cargo, Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência da República) e Mauro Lopes (PMDB, Aviação Civil).
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