Considerando ingenuidade do poder público e da indústria automobilística crer que as cidades conseguiriam comportar invariavelmente o acúmulo de carros particulares, o arquiteto e urbanista Abner Augusto propõe, como solução para a mobilidade em Fortaleza, “o investimento massivo para a consolidação de novas centralidades”.
Coordenador do Plano de Urbanismo e Mobilidade do Fortaleza 2040, o também arquiteto e urbanista Fausto Nilo já avalia que, diante de um cenário que restaura a “cidade compacta”, não será surpresa se a indústria mudar seus negócios e investir na construção de cidades acessíveis.
“Os que trabalham numa cidade injusta, normalmente, são os que moram mais longe e não têm transporte próprio pra viajar”, analisa Fausto. Ele comenta que a distribuição populacional, que hoje é espaçada (em média, 115 pessoas por hectare), terá de ser “arrochada” para viabilizar um transporte público eficiente.
“A maioria se beneficiaria tremendamente de alta densidade, porque promove espaço público compartilhado”, explica o arquiteto. Segundo ele, o “uso (do solo) é o que produz a viagem”. Portanto, se a pessoa mora no mesmo bairro onde trabalha e onde os filhos vão à escola, “criam-se vizinhanças caminháveis e autônomas”.
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