Sua origem ainda é um pouco incerta e causa dúvidas. Uns acreditam que os primeiros a deslizar sobre ondas foram os polinésios e que a prática foi aperfeiçoada no Havaí, onde, por volta de 1777, o navegador inglês James Cook fez o primeiro registro escrito sobre a presença de surfistas no Estado. Outros dizem que, mesmo antes dos surfe chegar ao arquipélago norte-americano, peruanos já praticavam o esporte em um tipo de prancha feita de junco. No Brasil, fala-se que ele chegou em meados da década de 1930, na região de Santos, São Paulo.

É difícil dizer, com exatidão, como o surfe surgiu, mas o fato é que, cada vez mais, esse antigo esporte tem se popularizado em todo o mundo e caído no gosto, principalmente, dos mais jovens. Canais de televisão pagos, sites e páginas sobre o tema em redes sociais atraem milhares de interessados pelo esporte. E, claro, se cresce o interesse e o número de praticantes, também surge o desejo de conhecer ondas diferentes mundo afora.

O arquiteto Marco Pollo Luna, 39, conta que se planeja para, a cada dois anos, fazer uma surf trip. "Fui duas vezes para El Salvador, na América Central. Normalmente, quando se escolhe um destino, é pelo nível de surfe [do atleta]. Têm lugares que a gente não tem experiência suficiente para surfar, porque são ondas mais difíceis. El Salvador proporciona desde o nível mais fácil até os mais difíceis", afirma.

De acordo com Luna, o país centro-americano tem ondas constantes, mas é necessário planejar-se para passar um tempo razoável no local. "É importante que se tenha uma janela de tempo para pegar um swell. Se for uma viagem curta, pode acontecer de você não pegar uma boa condição", explica.

Se você tem vontade de conhecer outras ondas, veja quatro praias ideais para a prática do surf distribuídas por diferentes continentes e escolha o destino da sua próxima surf trip.

Havaí
Não tem como falar de surfe e não falar do Havaí, um dos principais redutos do esporte. A "temporada de ondas" vai de novembro a março, mas durante todo o ano o local é propício para o surfe. Alguns dos litorais que vale a pena conhecer são Pipeline — onde, inclusive, é realizada todo ano a última etapa do Circuito Mundial de Surfe —, Sunset e Waimea Bay, localizadas na Ilha de Oahu. Os big riders, surfistas de ondas grandes, também podem conhecer Jaws, tradicional pico em Maui.

Indonésia
Sonho de muitos surfistas, a Indonésia conta com ondas tubulares perfeitas. A época indicada para pegar boas ondas é entre abril e outubro. Com opções para diferentes gostos, como esquerdas e direitas, Uluwatu, Padang Padang, Bigin, Kuta Reef e Sanur são alguns dos picos de Bali que vale conferir. Para além das ondas, outra dica é conhecer a cultura balinesa. Em Sumbawa, Lakey Peak e Scar Reef são as praias mais procuradas.

Portugal
Com ondas para os diferentes níveis de habilidade no surfe, o país europeu é bastante conhecido pelas ondas gigantes da Praia do Norte, na vila de Nazaré. A Praia de Supertubos, em Peniche, como o próprio nome já indica, tem ondas de formato tubular. Para opções para surfistas iniciantes e experientes, a dica é a praia de Carcavelos, em Cascais.

Austrália
Também com opções para vários níveis e diferentes tipos de onda, a melhor época para o surfe na Austrália, apesar de ter ondas o ano inteiro, é de dezembro a março. Entre os locais mais conhecidos para a prática no país da Oceania, estão Gold Coast, Byron Bay, Bells Beach e Margaret River, estes dois últimos sedes da segunda e terceira etapa, respectivamente, do Circuito Mundial de Surf.

Sem sair do Brasil
Se os planos são para uma viagem Brasil adentro, locais como Fernando de Noronha (PE), Rio de Janeiro (RJ), Saquarema (RJ), Maresias (SP), Baía Formosa (RN), Maracaípe (PE), Itacaré (BA) e Garopaba (SC) são algumas das opções.