carreiras s/a 21/08/2018 - 16h37

Saiba quais são as perspectivas de profissões no Ceará

Setor de serviços impulsiona geração de empregos no estado. Apesar do cenário de crise, dados mostram sinais de estabilização nas contratações
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Hamlet Oliveira hamlet.oliveira@opovo.com.br
Foto: PhaelNogueira/GettyImages
Especialistas avaliam que carreiras ligadas aos setores de tecnologia, marketing e finanças tendem a se desenvolver mais nos próximos anos no mercado local.

Em um cenário de queda constante do Produto Interno Bruno (PIB) com a crise iniciada em 2014, a recuperação da economia brasileira começa a se solidificar em 2018. Acompanhada de desemprego, a crise forçou profissionais a procurarem alternativas para que a perda de renda não prejudicasse o cotidiano. Dados mostram que, em relação aos anos anteriores, a criação de vagas no Ceará vem crescendo neste ano. Especialistas avaliam que carreiras ligadas aos setores de tecnologia, marketing e finanças tendem a se desenvolver mais nos próximos anos no mercado local.
 
Após uma retração de dois anos consecutivos em 2015 e em 2016, cenário repetido na história nacional apenas no início dos anos 1930, os setores produtivos começaram a apresentar melhora em 2017. Acompanhando o período, o desemprego passou, em 2018, da casa dos 13 milhões de brasileiros.
 
Em relatório disponibilizado pela Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho mostram que o número de admissões vem sendo quase igual ao de desligamentos em Fortaleza. O cálculo da geração de empregos é realizado a partir do valor subtraído de um aspecto pelo outro. Caso seja positivo, atesta-se a geração de empregos.
 
No período entre janeiro e junho de 2018, o número de admitidos em Fortaleza foi de 110.434, enquanto o de desligados ficou em 109.939. Responsável pela análise dos dados, Priscilla Borges, assistente social da célula de emprego, renda e gestão dos Sines Municipais, conta que Fortaleza é a sexta capital que mais admite no Brasil, e a primeira no Nordeste.

Vagas no estado 
Em relação ao cenário cearense, Erle Mesquita, analista de mercado de trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), diz que o Estado não difere do contexto brasileiro. Dessa forma, o setor de serviços, que engloba segmentos de saúde, finanças, engenharia, entre outros, concentra o maior número de vagas “independente do período de crise”. “O que vem despontando tanto localmente quanto nacionalmente é a administração de condomínios. Por conta da concentração econômica, a gente tem visto um processo de verticalização muito grande, mas principalmente [empregos]
ligados à administração de imóveis."
 
No acumulado até maio de 2018, 8.168 vagas foram geradas no Ceará. Somente o setor de serviços concentrou 6.608 destas vagas. O maior número de contratações se encontra dividido entre a área de administração de imóveis (3.132) e ensino (1.996). O setor industrial também apresentou saldo positivo, com 3.674 empregos gerados. Destes, 3.289 são representados pela indústria de calçados. A soma final difere por conta de outras variáveis, como o setor de agropecuária, que perdeu 1.427 postos de trabalho neste ano.
 
Em análise, Mesquita relata que a modernização de alguns empregos provoca mudanças no número de vagas no mercado. “Nós temos aí várias ocupações que muitas vezes são
transformadas por conta dos aplicativos. A área de finanças tem destaque [na economia], mas temos visto que empresas da área bancária enxugaram seus quadros. Essa dinâmica pode mudar muito rapidamente”, ressalta.

Próximas apostas 
Acerca das perspectivas do mercado, Guilherme Said, cofundador e diretor acadêmico da EASE Brasil, aponta que profissionais de logística tendem a ser cada vez mais demandados, em parte pelas necessidades da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP). “Gestor de logística, gerente de logística, analistas para essa área. Porque hoje a gente tem muito curso de Administração, mas essas pessoas não chegam preparadas. Existe muita teoria. O modelo tradicional de educação puxa muito para teoria e pesquisa e, no mercado, esses administradores não conseguem desenvolver algo que as empresas precisam na prática”, diz. Sobre a área de marketing, o especialista aponta funções como analista de trade marketing e analistas de inteligência de mercado.
 
Sobre o investimento das próprias empresas na melhoria dos colaboradores, Said conta que o empresariado precisa desenvolver mais dessa cultura no Estado. “O investimento em capacitação aqui ainda é baixo, não treinamos muito o profissional. No Ceará, o empresário vê a capacitação, o treinamento, como um custo. Não somos referência nisso.”

 
Para Rafaelle Sobreira, psicóloga, especialista em Recursos Humanos e membro da Diretoria do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) Ceará, a área de finanças continua a crescer no Estado, mas com foco nos conselheiros. Esses profissionais geralmente já possuem uma carreira consolidada na área. “Finanças sempre estará em alta. O que mudou recentemente foi o fato do executivo de finanças começar a atuar também na área comercial da empresa, participando de reuniões com clientes, por exemplo.”
 
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