Debate 20/08/2018 - 07h00

A importância da diversidade em todos os espaços

Com foco na representatividade de minorias, HQs produzidas por mulheres trazem variedade nos temas abordados
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Hamlet Oliveira hamlet.oliveira@opovo.com.br
Camila de Almeida
As debatedoras abordaram temas em relação à diversidade

O surgimento de novos espaços de discussão é aspecto importante para o desenvolvimento cultural de uma cidade. Em um período em que temas referentes às minorias surgem cada vez mais, o debate sempre encontra voz no mundo das artes. Durante a segunda edição do evento [Des]enquadradas, que ocorreu nos últimos dias 17 e 18 de agosto no Porto Iracema das Artes, a pesquisa acadêmica acerca do papel feminino nos quadrinhos atuais foi foco de umas das mesas de discussão. 

Na ocasião, participaram as debatedoras Brendda Lima, Dhiovana Barroso, Jeanni Cordeiro e Tatiana Ferreira da mesa "O que está sendo pesquisado pelas mulheres sobre HQ e ilustração atualmente?". A representatividade das minorias foi destaque entre os temas abordados, pelo questionamento sobre a razão de haver poucas mulheres na ramo dos quadrinhos, um número que fica ainda menor quando se fala em mulheres negras. 

Sobre a oportunidade de propor discussões com essa temática, Dhiovana explica que a reunião de mulheres é sempre relevante para tentar encontrar respostas para os temas debatidos. "Elas não são imediatas. É questão de observarmos e sabermos nossos próprios privilégios e conversarmos entre nós. Temos que saber que somos mulheres e que temos hierarquia também. Espaço de pesquisa e aprofundamento não existem muitos, por isso o [Des]enquadradas é importante para discutirmos isso fora das academia", ressalta.  

Com obras que trazem um viés feminista, Jeanni Cordeiro conta que o gênero é frequente tanto no âmbito da sua pesquisa acadêmica quanto para os quadrinhos que roteiriza. "É a primeira vez que participo do evento. Fiquei muito feliz com o convite. É importante porque a gente encontra-se com outras mulheres também dessa área e se reconhece, fortalece a relação".

Oportunidade e visibilidade
Para além de discutir os temas sobre minorias, a ilustradora Lila Cruz, ouvinte do debate, defende que artistas devem mobilizar-se para difundir conhecimento e possibilidade de aprendizado para quem não tem acesso. "Eu acho que o artista, especialmente o que já está com mais experiência, precisa mobilizar-se para participar não só dos eventos grandes, mas dos regionais. Realizar oficina em periferias com valores mais baratos, participar de projetos que engajem toda a cidade", fala. 
 
Camila de Almeida
Lila Cruz defende que artistas devem descentralizar o conhecimento
 
Além das questões de gênero e raça, a tatuadora e ilustradora Luísa Medeiros conta que um dos temas que gostaria de ver uma futura pesquisa seria acerca de processos para descrição de imagens nos quadrinhos. Essa ferramenta permite que deficientes visuais possam ter acesso ao conteúdo das obras. Em relação à própria obra, a tatuadora diz que procura abordar temas variados, como também o cotidiano que vive. “Eu trabalho alguns temas relacionados a LGBT, vegetarianismo. Temas em que acho legal representar as pessoas fora da nossa realidade", fala. 

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