O POVO LOUNGE 15/01/2018 - 17h54

Juliana Paes fala de crescimento na carreira e empoderamento

A atriz, de 38 anos, abriu suas opiniões sobre o empoderamento das mulheres na ocasião de lançamento do filme Dona Flor e seus Dois Maridos em Fortaleza. Para ela, o sexo feminino segue preocupado com questões ligadas ao julgamento público
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Adailma Mendes adailmamendes@opovo.com.br
Camila de Almeida
Juliana Paes dando entrevista à revista O POVO Lounge. Na foto, que mostra seu rosto e seus ombros, ela sorri, enquanto responde às perguntas.

Com personagens que foram de figurante em Malhação, em 1998, à marcante Bibi Perigosa em A Força do Querer, em 2017, Juliana Paes chega a uma plenitude em sua carreira. Já são mais de 25 participações na TV Brasileira e 11 no cinema. A atriz demonstra segurança ao conceder entrevista à O POVO Lounge e emitir suas opiniões quanto ao comportamento feminino, bem mais empoderado, na visão dela, mas ainda preso a velhos julgamentos de como as mulheres devem ou não agir para serem respeitadas.

Filha de Regina e Carlos Henrique Paes, ex-militar, Juliana é a mais velha de quatro irmãos — os outros três são: Rosana, Mariana e Carlos Henrique Júnior. Casada com o empresário Carlos Eduardo Baptista e mãe de Pedro, sete anos, e Antônio, quatro anos, a atriz declarou, em entrevista ao portal G1, que deve dedicar-se mais em 2018 ao cinema, principalmente após o papel marcante na novela A Força do Querer, da Rede Globo, como Bibi.

Um dos próximos trabalhos já anunciados por ela deve ser no também remake Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues, a ser dirigido por Daniel Filho. A produção ainda não tem data para lançamento.

Você considera a Dona Flor uma personagem que trouxe há muito mais tempo a questão do empoderamento feminino?
Verdade. Nesse momento, em que se fala tanto nisso, não tem um filme mais moderno. Que mostre uma mulher dona dos seus desejos, dona das suas decisões, dona da sua libido, da sua própria vontade. A gente fala muito em diferenças de um filme para o outro [referência à primeira versão de Dona Flor e seus Dois Maridos], mas essa questão da mulher, da mulher de casa, da mulher da rua e as formas como uma mulher deve se comportar em sociedade e na sua intimidade, tudo isso ainda são questões que, até hoje, a gente pondera, a gente pensa antes de fazer. A gente não é totalmente livre para agir por causa dessas questões.

Foi mais desafiador fazer o papel de Dona Flor pelo nosso contexto social, com mais regras de como falar, sem atingir ninguém?
O nosso desafio nesse remake é levar a toda uma geração essa história, a uma geração que não assistiu ao primeiro filme, que ainda não conhece a obra de Jorge Amado. Este é o nosso principal desejo. Quanto à questão anterior, uma outra coisa que vemos é que Jorge Amado é um autor muito feminista, mesmo sem se denominar assim. Ele sempre foi um autor que colocou as questões do feminino, que deu asas para a mulher, colocou a liberdade sexual, liberdade sensual da mulher sempre em discussão, sempre provocando uma reflexão sobre isso. Em todas as obras dele, em Gabriela, Tieta, Dona Flor.

Pepe Schettino/Divulgação
Dona Flor é o segundo papel de personagens de Jorge Amado interpretados por Juliana Paes. O primeiro foi Gabriela.

Que passos a mais foram dados da sua interpretação de Gabriela, em remake da Globo, em 2012, para Dona Flor?
A abdicação para cada personagem é a mesma. Talvez para a Dona Flor eu tenha tentado humanizar bastante essa mulher, porque a gente tem umas pitadas de humor. Eu entendi que quanto mais humana a personagem ficasse, mais crível e mais fácil seria a identificação e [a possibilidade de] tocar as pessoas.

O que mudou na Juliana do papel de Ritinha, em Laços de Família, em 2000, para Dona Flor, em 2017?
Mudou muito e também tão pouco. Por dentro não muda nada. Mas hoje em dia, eu me sinto muito mais madura, me sinto mais segura pra fazer meus personagens, me sinto mais dona da situação, mais pronta para os desafios. A maternidade traz muito isso. E a maturidade mais ainda.

Alguns papeis interpretados por Juliana:
Na TV

2000 – Ritinha (Laços de Família)
2001 – Karla Santos (O Clone)
2003 – Jack Joy (Celebridade)
2005 – Creusa (América)
2009 – Maya Meetha (Caminho das Índias)
2011 – Nina Moratti (O Astro)
2012 – Gabriela (Gabriela)
2015 – Maria Catarina Napoleão (Meu Pedacinho de Chão)
2017 - Fabiana Duarte Feitosa, Bibi Perigosa (A Força do Querer)

No cinema
2005 – Lia (Mais uma vez amor)
2007 – Dolores Sol (A casa da mãe Joana)
2010 – Tia Solange (Desenrola)
2013 – Dolores Sol (A casa da mãe Joana 2)
2017 – Dona Flor (Dona Flor e seus dois maridos)

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