FAMÍLIA 14/11/2017 - 07h00

Como o vínculo familiar implica na personalidade da criança

A relação afetiva entre pais e filhos interfere diretamente no desenvolvimento emocional e cognitivo da criança. Realizar passeios ou simplesmente brincar no chão de casa são atitudes que podem ser adotadas na rotina
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Joyce Oliveira joyceoliveira@opovo.com.br

Foto: Shutterstock/Monkey Business Images
A psicóloga Carolina Ramos recomenda reservar pelo menos 30 minutos de atenção por dia para os filhos
Com as férias chegando, dedicar um tempo para as crianças é importante. A aproximação entre pais e filhos ajuda no desenvolvimento educativo e emocional dos pequenos. Passeios em parques, idas à praia ou até mesmo brincar no chão de casa são atividades que contribuem positivamente no relacionamento dos pais, ou responsáveis, com as crianças.

Segundo especialistas, o excesso de trabalho e a tecnologia fazem com que a convivência em família seja cada vez menor. A psicóloga da infância e adolescência Carolina Ramos assegura que, além de estimular o vínculo afetivo, o contato familiar ajuda na formação da personalidade da criança. "Ao dar atenção e ouvir os desejos do filho, os pais ajudam a construir nele uma identidade de companheirismo. Isso estimula não só a questão cognitiva, como o meio social", explica.

A forma como a criança é tratada em casa influencia na maneira que ela irá tratar as pessoas ao redor, pontua Carolina. "É importante ensinar a criança a lidar com os vários tipos de pessoas. O fato de conversar com eles e dar atenção ao que sentem faz com que eles cresçam com uma consciência melhor de si e do outro."

Carolina, no entanto, ressalta que a atenção não pode ser divida. "Muitas vezes,  acontece dos pais estarem em casa, mas não estarem presentes. Isso faz com que a criança sinta-se solitária e construa até mesmo um sentimento de insegurança", enfatiza. A psicóloga orienta que os pais devem reservar pelo menos 30 minutos do dia para os filhos.

A ausência de atenção faz com que a criança desenvolva problemas comportamentais e até emocionais. A especialista pontua que, quando os pais não dão a devida atenção aos filhos, eles vão buscar outros meios para se expressarem. "É aí que começam a birra, o choro e os gritos”, esclarece. Segundo a profissional, comportamentos agressivos ou introspectivos também podem surgir como consequência dos atos.

Filhos são prioridade
Mãe de Analice, 3, e Nathan, 7, Elisângela Lima, possui uma rotina bastante agitada. No entanto, de acordo com ela, não deixa de lado o momento com os filhos. "Trabalho em uma creche de tempo integral e meu esposo em uma empresa no horário noturno. Quando saio pela manhã, ele fica com as crianças", conta. Elizângela explica que, com a rotina puxada, todos possuem um cronograma de tudo que irão realizar durante a semana.

Com o horário do almoço livre, a professora aproveita o momento para aprontar as crianças para à escola. "À tarde, quando chego do trabalho, é impossível não ouvir aquele 'mamãe chegou'. Eles vêm com aqueles beijos que servem de vitamina para continuar a rotina". Elisângela conta que a noite é o momento em que eles reservam para conversar sobre o dia. "O nosso momento é um pouco da noite, deitamos no sofá ou no chão e o meu filho conta o que aconteceu na escola, enquanto minha filha briga com o irmão porque quer atenção".

Foto: Shutterstock/Sharomka
Comportamento indesejado na escola e rendimento baixo podem ser consequências da falta de atenção dos pais ou responsáveis
Como isso influencia na escola
É possível que a relação que a criança tem com os pais em casa interfira no seu comportamento na escola. "A criança é como uma esponja, que absorve tudo. Ela precisa de uma pessoa emocionalmente estável. Se os pais não estão dando isso, ela vai demonstrar", enfatiza a psicopedagoga Priscila Crisculo.

De acordo com a profissional, a criança pode expressar por diversas formas o problema em casa. "Ela pode ser chorosa, irritada, bater no irmão e até mesmo fazer xixi na cama. A criança não vai nomear o que está sentindo, mas ela vai demonstrar que está insatisfeita com alguma coisa", ressalta. A psicopedagoga finaliza afirmando que o adulto é fundamental no processo de formação dos pequenos.

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