saúde 09/07/2018 - 09h30

Saiba como ficar atento à fertilidade desde cedo

A infertilidade é um problema que, segundo a OMS, afeta até oito milhões de brasileiros. Para evitá-la, alguns cuidados podem começar ainda na juventude
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Joyce Oliveira joyceoliveira@opovo.com.br

Foto: Phonlamai Photo/Getty images
Os cuidados com a fertilidade podem começar antes mesmo de iniciar a fase adulta

Para muitos, o desejo de ter um filho começa logo que a estabilidade financeira, profissional e emocional torna-se realidade. No entanto, alguns fatores, tanto no homem quanto na mulher, contribuem para que as tentativas não tenham sucesso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade afeta de 50 a 80 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, esse número pode chegar até oito milhões. Para evitar o problema, especialistas recomendam ficar atento a problemas que podem surgir ainda na juventude. 

Manter hábitos saudáveis, evitar o tabagismo e o excesso de bebidas alcoólicas são atitudes que, segundo profissionais, diminuem o risco de infertilidade. De acordo com o médico urologista Leocácio Barroso, o problema é algo conjugal. “50% dos fatores são femininos e 50% são masculinos. O casal que está há mais de um ano tentando e não consegue engravidar tem que começar uma investigação.”

 

Infertilidade Masculina

Na infertilidade masculina, o urologista Leocácio Barroso pontua que um dos principais problemas é a varicocele. “É uma dilatação que drena os testículos e que causa o aumento na bolsa escrotal, causando o aumento da pressão dentro dos testículos.”

Barroso também destaca que a criptorquidia é outro problema que causa a infertilidade e que pode ser resolvido ainda na infância. “O problema ocorre quando os testículos não descem completamente, podendo atrofiar. Neste caso, pode ser realizada uma cirurgia precoce”, explica.

Além disso, Barroso pondera que outras causas provocam a dificuldade, como a permanência em lugares muito quentes, consumo de agrotóxicos e o etilismo. Para identificar alguma irregularidade, o urologista aconselha a realização de exames específicos. “Para saber se é ou não infértil, o homem precisa realizar um espermograma, que realiza uma análise completa do sémem.”

 

Infertilidade feminina

De acordo com o ginecologista Francisco das Chagas, muitas vezes a infertilidade feminina é causada por doenças sexualmente transmissíveis (DST), pois elas provocam a doença inflamatória pélvica (DIP). “A melhor forma de se prevenir é usar preservativo sempre. Quando as bactérias chegam à vagina, elas sobem para o útero por meio do espermatozóide. Neste caso, qualquer tipo de inflamação faz as trompas ficarem obstruídas, o que complica o processo de fecundação”, explica.

O médico também conta que outro problema comum é a síndrome dos ovários policísticos (SOP). Segundo o ginecologista, é possível identificar a síndrome logo cedo. “Meninas que possuem menstruação irregular, muitas acnes e muito pelo já devem ficar atentas. Não sabemos a origem da doença, mas ela acontece e pode ser precocemente diagnosticada.”

A ginecologista Analiana Arraias destaca, também, que a endometriose é outro fator que compromete a infertilidade da mulher. “O problema geralmente se manifesta com cólicas fortes, dores nas pernas e dores lombares. O ideal é procurar um ginecologista assim que esses sintomas começarem a persistir, independente da mulher ter ou não relação sexual”, aconselha.

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