Pipoca em casa 14/09/2018 - 14h15

Orações para Bobby reflete sobre família, sexualidade e religião

Baseada em fatos reais, a película apresenta a história de Bobby Griffith, que aos 20 anos tirou a vida por não conseguir seguir preceitos religiosos impostos pela mãe. A família transforma-se em ativista pelos direitos da população gay
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Paulo Emanuel Lopes pauloemanuel@opovo.com.br

Divulgação
Mary Griffith (Sigourney Weaver) tenta, através da religião, modificar a sexualidade do filho Bobby. Intolerância acabou distanciando os dois
"Quando ele me disse que era homossexual, meu mundo caiu. Eu fiz tudo que pude para curá-lo de sua doença. Há oito meses, meu filho pulou de uma ponte e se matou. Eu me arrependo amargamente de minha falta de conhecimento sobre gays e lésbicas. Percebo que tudo o que me ensinaram e disseram era odioso e desumano. Se eu tivesse investigado além do que me disseram, se eu tivesse simplesmente ouvido meu filho quando ele abriu o coração para mim… Eu não estaria aqui hoje, com vocês, plenamente arrependida." 

 

Uma pessoa desavisada poderia situar esse emocionante discurso no contexto de intolerância que a sociedade humana vive atualmente, no Brasil e no mundo. Mas essa fala é de 1985, dita por uma mãe após o suicídio de seu filho gay, então com 20 anos. Este trágico acontecimento é pano de fundo do filme "Orações para Bobby" ("Prayers for Bobby", 2009), que conta a história real de um garoto que sonhava em ser escritor, mas acabou abatido pela imposição de uma "cura" sexual.

 

Bobby Griffith é filho de uma cristã fervorosa, Mary Griffith (Sigourney Weaver, a estrela de "Alien"), que vê a homossexualidade como uma doença (sic) reversível pela fé. A vida da família sofre um profundo abalo quando descobrem a sexualidade de Bobby, que passa a ser muito criticado, especialmente pela mãe. Mary acredita que Deus pode "curar" o filho, culpando-o por sua alteridade sexual. A situação torna-se insustentável até que o jovem resolve sair de casa e viver em outra cidade. Algum tempo depois, atormentado pela culpa e sem ter contato com a mãe, tira a própria vida. Bobby deixou um diário no qual aponta a visão condenatória da Igreja entre as causas para tomar aquela drástica decisão.


Com o impacto da notícia, a mãe transforma-se. Mary passa a ver a homossexualidade com outros olhos, levando-a a abandonar as ideias intolerantes professadas por sua religião. Ingressa em uma associação civil que reúne pais, família e amigos em defesa ao respeito de lésbicas e gays, e lança um livro contando sua história. O objetivo é que a publicação sirva de alerta para que os pais compreendam a situação de seus filhos gays, não permitindo que sua sexualidade seja motivo de distanciamento ou críticas.

 

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