A história da segregação estadunidense não se limita ao século XIX. Diversos documentários e a própria memória social do país remetem o ápice da luta contra o preconceito racial do país à 13ª Emenda, legislação assinada em 1865 pelo então presidente norte-americano Abraham Lincoln e que, oficialmente, aboliu a escravatura dessa nação. Assim caracteriza-se "13ª Emenda", película assinada pela ativista Ava Duverney, primeira negra a conquistar um "Golden Globe Award" e relevante nome sobre o assunto no segmento artístico.
Em sua aproximada 1h30min, o filme imerge na linha do tempo da segregação racial vivida nos Estados Unidos, mas, diferentemente de "Selma" (também de Ava), por exemplo, tem como viés crítico as estratégias implantadas pelo governo local a fim de eternizar a segmentação e a marginalização dos negros no País. Para tal, vale-se de um recorte incontestável e pertinente: o crescimento da população carcerária local. As cenas têm como alicerce análises de historiadores e de civis envolvidos com a luta em prol da população negra nas décadas que vão de 1950 aos dias atuais.
"13ª Emenda" faz referências sólidas ao aumento do contingente de presos, sobretudo afrodescendentes, que traz consigo a necessidade de "investir" no sistema prisional e, com ele, reforçar o esteriótipo de marginalização de negros. O documentário também objetiva conscientizar o telespectador apontando que, por uma questão de conveniência política, crimes foram tratados com viés puramente penal – causas como exclusão social e déficit no sistema educacional a que os negros foram submetidos após a abolição da escravatura foram desconsideradas, defende o filme.
Então, se a ideia é conhecer um pouco mais a história do ápice da segregação racial vivida nos Estados Unidos, dedicar um tempo para o que a "13ª Emenda" traz é uma opção interessante. Confira o trailer.
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