Episódios que se baseiam em vidas reais, com passados nada agradáveis, porém capazes de levar alguém a refletir acerca das diferenças que carregamos desde que nascemos. Esta é uma definição fidedigna de "I Am a Killer", série até então de uma temporada e disponível no streaming Netflix.
Com dez episódios de aproximadamente 50 minutos, cada, e dirigida por Jeremy Turner, Ross Young, Zoe Hines, James Tovell e Ned Parker, a atração compila personagens no corredor da morte – termo utilizado para fazer referência ao local em que condenados por assassinato aguardam o dia da consumação de suas penas de morte.
Com narrativas contadas por cada presidiário e complementadas pelas partes envolvidas, inclusive familiares das vítimas, "I Am a Killer", em português "Eu Sou um Assassino", reúne fatos que, apesar de diferentes, compilam uma vertente em comum: em geral, os acusados tiveram infâncias e adolescências bastante conturbadas. Pais usuários de drogas e/ou alcoólatras, mães prostitutas, avós que optaram pela guarda dos netos, mas sem condições físicas, econômicas e psicológicas de cuidar deles.
O ápice da trama, contudo, está para além dos casos que lhe dão o formato documental. Ele se revela graças ao papel social da película na medida em que pauta a criminalidade como questão que vai além de um problema de segurança pública. Distante do argumento senso comum que em muitos países, a exemplo do Brasil, é o cerne da questão, "I Am a Killer" cumpre sua missão pela capacidade de, direta ou indiretamente, sensibilizar os espectadores a fim de fazê-los captar a ideia de que a criminalidade tem solução e que, com ações que visam à melhoria de vida, sobretudo dos mais vulneráveis, ela pode tornar-se exceção.
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