Uma crítica ao sensacionalismo no filme norte-americano O Abutre
Disponível nas plataformas de streaming Netflix e YouTube Filmes, o longa mostra a história de um cinegrafista independente em busca de histórias lúgubres
Até onde é possível ir — respeitando os limites éticos, morais e humanos — para noticiar um fato? Essa é uma discussão que permeia o fazer jornalístico. No suspense norte-americano "O Abutre", dirigido por Dan Gilroy, também roteirista do longa, Louis Bloom (Jake Gyllenhaal) é um jovem ambicioso que encontra dificuldades em conseguir um emprego e pratica pequenos crimes para sobreviver.
Em determinado momento, percebe a oportunidade de entrar no mundo do jornalismo criminal como cinegrafista freelancer. A partir daí, Bloom passa suas noites — de posse de uma câmera amadora e acesso à frequência da polícia — em busca de tragédias como crimes e acidentes para captar e vender imagens de interesse das redes locais de televisão. Entre seus clientes, está um telejornal comandado pela editora Nina (Rene Russo).
Na busca pelo conteúdo exclusivo, Louis, frequentemente, é um dos primeiros a chegar nas ocorrências de crime ou do acidente, algumas vezes até mesmo com o fato em andamento. Não raramente, o cinegrafista comete delitos como a alteração da cena dos fatos, no intuito de obter imagens ainda mais impactantes, e ocultação de informações importantes. É dessa forma que Bloom ascende na carreira, expande seu "negócio" e conquista bens materiais.
Lançado em 2014, o filme traz à tona reflexão sobre o "vale-tudo" pela audiência, praticado pela mídia sensacionalista também na vida real, que fere tanto valores sociais como a própria privacidade das vítimas e alimenta a procura — e a consequente reprodução — por conteúdo dessa espécie. Veja o trailer abaixo.
As informações são de responsabilidade do autor:
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