PREMIAÇÃO 28/02/2018 - 12h00

Oscar 2018: abertura para novas expressões

Em tempos de ampliação de diálogos e novas perspectivas no mundo da arte, o Oscar 2018 demonstra estar atento às demandas do público. Veja alguns destaques da edição deste ano
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Hamlet Oliveira hamlet.oliveira@opovo.com.br
Jaguar PS/Shutterstock
Oscar busca abrir espaço para novos discursos

Atualizado às 15h40min 
Por ser uma premiação tradicionalmente pouco inovadora e com um histórico de escolhas duvidosas, o Oscar passa por novas análises a cada edição. Após a edição de 2016, a campanha #oscarsowhite (Oscar é tão branco, em tradução) surgiu como forma de protesto pela falta da representatividade de minorias entre indicados e vencedores. No mesmo ano, centenas de novos membros foram incluídos aos votantes, a fim de reduzir a quantidade de pessoas que se encaixam no perfil "homem, branco, acima dos 40 anos" para, desta forma, privilegiar uma maior diversidade social de profissionais. 
 
Já na edição de 2017, a vitória de "Moonlight", um drama gay protagonizado por negros, surgiu como um ar de que alguma mudança estava chegando à premiação. Em 2018, que marca os 90 anos do Oscar, indicações de filmes e realizadores transsexuais mostram que há espaço para abertura de novos diálogos.
 
Sobre o momento atual do Oscar, Bruno Albuquerque, apresentador do canal Clube de Cinema de Duas Portas e filmmaker na Screen Filmes, acredita que o Oscar está tornando-se uma premiação com abertura para diálogo, mas pondera que a academia continuam indicando o mesmo tipo de filme. "Todo ano, tem um filme de guerra, melhor ator ou atriz em que o indicado usou muita maquiagem. Se por um lado aumentou na questão da visibilidade de pessoas de minorias, em termos de gênero de filme eles não abrem", conta. 
 
Na lista abaixo, você confere destaques e mudanças importantes no evento que será realizado no próximo domingo, 4, às 21 horas, no canal por assinatura TNT. 

Primeiro diretor transgênero
Foto: Tony Cenicola/The New York Times
O diretor Yance Ford

O filme "Strong Island", do cineasta transexual Yance Ford, foi indicado na categoria Melhor Documentário. O longa retrata o assassinato do irmão do diretor, e aborda o racismo da polícia estadunidense, como também as falhas do sistema penitenciário do País. Em 90 anos de premiação, é a primeira vez que um diretor transgênero possui um trabalho indicado em qualquer categoria.

O ano de Jordan Peele
Foto: Emma McIntyre/Getty Images
O diretor Jordan Peele

Em 2017, "Corra!" foi uma das principais surpresas do ano. Um filme de terror cujo antagonista era uma representação do racismo na forma de uma família estadunidense. Além do sucesso de crítica e público, o diretor Jordan Peele conseguiu três indicações inéditas para um homem negro no Oscar: Melhor Diretor, Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. Ele também se tornou o quinto negro a ser indicado à premiação de Melhor Diretor. 

Uma oportunidade desperdiçada
Foto: Caitlin Cronenberg
A atriz Daniela Vega

O Oscar não é averso a histórias de pessoas transexuais e filmes com essa temática já foram indicados. O longa chileno "Uma Mulher Fantástica", elegível na categoria Melhor Filme Estrangeiro, retrata o cotidiano de uma mulher trans, com o diferencial da protagonista ser uma pessoa trans. O fato de Daniela Vega não ter sido indicada na categoria Melhor Atriz foi visto como uma oportunidade perdida pelos fãs do longa. 

Primeira mulher na categoria Melhor Fotografia
Divulgação
A diretora de fotografia Rachel Morrison

Apesar de não se encaixar no âmbito da representatividade, a indicação de Rachel Morrison pelo filme "Mudbound - Lágrimas sobre o Mississipi" marca a primeira vez em 90 anos que uma mulher torna-se elegível na categoria. 

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