PIPOCA EM CASA 08/12/2017 - 19h28

Uma história sobre gênero e aceitação

Dica do Pipoca em Casa desta semana, Meu Nome é Ray retrata a vida de um garoto nascido no corpo de uma garota, que luta pela cirurgia de mudança de sexo
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Lia Rodrigues liarodrigues@opovo.com.br
Divulgação

Todo ano, em seu aniversário, Ray (Elle Fanning) sopra as velinhas e faz o mesmo pedido: ser um menino. Um garoto que nasce no corpo de uma garota e não se reconhece como tal, essa é o enredo do filme "Meu Nome é Ray", uma história que tem se tornado mais comum nos tempos atuais. Dirigido por Gaby Dellal, o longa foi recentemente adicionado ao catálogo da Netflix.

Criado pela mãe, Maggie (Naomi Watts), a avó, Dolly (Susan Sarandon) e Frances (Linda Emond), namorada da avó, ele veio ao mundo como Ramona mas, aos quatro anos de idade percebe que seu corpo não lhe pertence. Aos 16 anos, busca a redesignação sexual e conta os dias para começar o uso de testosterona para lhe aproximar do corpo que deseja ter.

Para dar início à essa transição, Ray, junto à família, visita regularmente um médico que os prepara para o processo. Em meio à isso, o drama traz muitas questões, como a mãe que não sabe se está fazendo a coisa certa pelo filho, por medo de que posteriormente ele se arrependa da decisão de mudança de sexo; a avó, homossexual, que diz preferir que Ray seja "apenas" homossexual; e a relação do garoto com o pai, Craig (Tate Donovan), com quem não tem contato há mais de dez anos e agora precisa se aproximar para que ele assine, junto a Maggie, o documento de autorização para que o adolescente faça a cirurgia.

A reaproximação com o pai, que já possui uma nova família, traz à tona informações inesperadas, como o término conturbado do relacionamento entre Maggie e Craig, situação que "desorganiza" um pouco os pensamentos de Ray. No decorrer do filme, outras cenas mostram o drama da vida de Ray como a relação com a garota de quem ele gosta, que o trata não como um menino, e sim como uma garota gay e uma briga em que colegas de escola lhe agridem.

Para além da transexualidade de Ray, a trama realça a crise por que passa Maggie, bem como a dificuldade da família em aceitar que ele passa por um processo complexo e não é "apenas" uma garota gay. Mostra também que, apesar de homossexuais, a avó e sua namorada também têm um pouco de resistência à ideia de mudança de sexo dele.

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