estética 25/06/2018 - 07h00

Ambientes: veja como acertar na escolha das cores

Dependendo da função, eles devem apropriar-se de cores mais neutras ou vibrantes. Optar por tons fortes em peças acessórias, como tapetes, que podem ser substituídas mais facilmente, é sugestão de especialistas
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Paulo Emanuel Lopes pauloemanuel@opovo.com.br

Reprodução/Instagram
A combinação de cores serve para oferecer harmonia e personalidade ao local

Decoração é uma arte e uma técnica responsável pela harmonização dos espaços. A disposição de móveis e adereços, assim como a escolha das cores, serão responsáveis por transparecer a personalidade do local. Esse processo de escolha está diretamente ligado à maneira de ser do cliente, observam especialistas.

O arquiteto e urbanista Sérgio Landim explica que o tipo de ambiente também vai influenciar na escolha das cores. "Evitamos deixar apartamentos pequenos muito coloridos porque são locais que as pessoas vão cruzar muito [visualmente]. Já em locais mais amplos podemos ousar mais. Pode-se usar cores mais neutras no mobiliário mais difícil de trocar, como sofás, e cores mais vibrantes nos detalhes. Por exemplo: um sofá com tom mais neutro acompanhado de almofada e tapetes coloridos, porque se a pessoa cansar é mais fácil de trocar." O mesmo raciocínio aplica-se às paredes. O profissional explica que prefere não investir em pinturas fortes, mas na aplicação de papéis de paredes e revestimentos, que sejam mais fáceis de trocar no momento em que o cliente deseje modificar sua casa.

A designer de interiores Raquel Luna concorda com Landim quando afirma que não se pode ter um padrão de que cada cor combina com cada situação, pois sempre será a personalidade do cliente que ditará o caminho do projeto. "Normalmente, fazemos uma entrevista no anteprojeto para saber das preferências dos clientes. Têm os que preferem ambientes monocromáticos, já outros gostam de várias [cores] no mesmo ambiente. Utilizamos a cartela de cores para oferecer sugestões em cima do que gostam."

A cartela é um instrumento que reúne lado a lado cores com suas variações cromáticas, de modo a ajudar na escolha das melhores combinações. Assim, fica mais fácil, por exemplo, optar por um tapete de acordo com o sofá que o ambiente já tenha ou escolher combinações de cores para paredes. "Para o cliente que gosta de azul, a gente pode pincelar [o ambiente] com outras cores que combinem com o azul. Às vezes, ele escolhe um tom monocromático como preto, branco, tons marrons. Então, usamos uma cor em evidência para sobrepor essa base neutra", diz Raquel.

O que diferencia os gostos é a idade, arrisca a designer. "As pessoas que estão em idade mais avançada preferem tons mais neutros como rosa, dourado. Já os jovens gostam de ousar mais, então usamos cores mais vibrantes. Claro, às vezes nos deparamos com jovens que preferem cores mais clássicas, tentamos colocar alguma corzinha para dar mais jovialidade a esse ambiente, assim como também pessoas de mais idade com cabeça mais moderna, geralmente mulheres."

Reprodução/Instagram
Utilizar cores vibrantes em acessórios é uma boa estratégia na hora de modificar o ambiente

Cada ambiente tem sua cor
A escolha das cores varia de acordo com a utilização do espaço, explica Landim. O quarto do casal deve trazer tons mais neutros, de modo a ajudar no relaxamento, mas também evitar o cansaço visual ao se deparar quase diariamente com aquela cor. "Diferente do lavabo, que você usa muito pouco. Lá, você pode ter mais cores." A varanda, por ser um local de socialização, permite uma composição mais ampla. "A varanda é um ambiente mais alegre, então você pode investir num mobiliário mais descolado [com cores mais fortes], almofadas num tom mais vibrante, revestimentos, você consegue trazer o verde das plantas", diz o arquiteto e urbanista.

No closet, Landim sugere a utilização de tons neutros. "Geralmente, esses ambientes são fechados, e as roupas ficam expostas. Então, prefiro um tom único para não chocar com as cores das roupas e dos acessórios." No escritório, tons mais formais. "Você pode escolher um detalhe em madeira para dar uma combinação legal, mas isso está atrelado ao cliente: se você é um médico, talvez prefira usar mais branco", enfatiza Landim. 

Para a cozinha, Raquel Luna oferece como dica arriscar em um projeto de duas cores na parede. "Hoje, temos a tendência de usar meia parede e uma sugestão é pintá-la num tom neutro e utilizar outra cor até a altura das cadeiras, combinando com elas. Outra possibilidade é a utilização de mosaicos, que o cliente mesmo pode aplicar, naquele conceito de 'faça você mesmo'."

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