Quadros ou uma nova textura para as paredes. Móveis, tapetes e outros itens na composição do espaço. Mas e o teto? Sim, o teto faz parte do ambiente e não só pode ser decorado como optar por mais esse detalhe proporciona outro clima ao espaço escolhido. E não estamos falando (apenas) de lustres ou outros modelos de iluminação, mas de cores. “Teto colorido é uma boa opção para quem deseja fugir do tradicional, podendo pintar o teto ou até mesmo colocar papel de parede (no teto) para os mais ousados”, afirma o designer de interiores Fernando Septimus.
Sobre a tendência, o designer explica que, na década de 1990, o movimento pós-moderno predominava, com ambientes minimalistas, mais neutros em suas formas e cores, pensados principalmente priorizando funcionalidade e organização. Hoje, entretanto, temos mias liberdade para transitar entre diferentes estilos. “Não precisamos ficar presos a um movimento de época, quem define é o perfil do morador ou usuário do ambiente. Podemos ir do minimalista, com um teto reto e liso sem detalhes, ao mais ousado, utilizando sancas iluminadas, tetos coloridos, ou até mesmo de alturas diferentes”, exemplifica.
Cores e atributos
Além do aspecto decorativo, tetos coloridos podem proporcionar características específicas a cada ambiente, de acordo com a cor escolhida. Segundo Fernando Septimus, o teto mais escuro, por exemplo, é ótimo para criar uma sensação de teto mais baixo, principalmente em construções antigas onde o pé-direito costuma ser muito alto. Já uma cor mais clara e alegre, como o amarelo, pode ser usada e harmoniza perfeitamente com paredes mais escuras que o tom do teto, como um cinza ou cimento queimado.
Perspectiva ilustrada/Fernando Septimus
Em harmonia com os demais elementos do quarto, o teto colorido dá outro clima ao espaço
“Em quartos, pode-se usar uma cor mais escura e neutra, isso torna o ambiente mais aconchegante e com sensação de tranquilidade, podendo até contribuir para um sono mais sossegado. Porém é importante ter cuidado para não utilizar cores vibrantes, pois deixaria o quarto com uma atmosfera agitada”, detalha o designer de interiores.
Outras opçõesPrefere não usar cores para a decoração do teto? Ok. Outros elementos também possibilitam trabalhar esse espaço de modo a criar o clima desejado ao ambiente. Um bom projeto de iluminação, por exemplo, é fundamental para um projeto de interiores. “Entre meus clientes, um dos elementos mais requisitados é a sanca, o que, na minha opinião, é excelente para projetos residenciais, pois proporciona ao ambiente um ar de aconchego, devido à iluminação indireta aliada à luz amarela, sendo ideal para relaxar após um dia de trabalho”, cita Septimus.
Perspectiva ilustrada/Fernando Septimus
Iluminação indireta trabalhada em sancas
Para ambientes de passagem, como corredores e circulações, o profissional explica que a iluminação pode estar nas paredes, com o uso, por exemplo, de arandelas e balizadores, conservando o teto liso, sem luminárias. “Um outro truque é o papel de parede dentro da sanca. Tornando o projeto do teto ainda mais sofisticado”, adiciona.
Perspectiva ilustrada/Fernando Septimus
Espaços de circulação com o uso de iluminação nas paredes
Para harmonizarAtenção! Para manter o equilíbrio entre um teto mais trabalhado e o restante do ambiente, é fundamental dosar as informações presentes em todo o espaço. “Se o ambiente é mais
clean, sem tantos detalhes, tenho mais liberdade de ousar no teto e na iluminação. A iluminação é um elemento do projeto e exige muito estudo e sensibilidade para se criar um bom projeto”, dá a dica Septimus.
Outra opção, segundo o designer, são as releituras de estilos. “Podemos trabalhar, na referência barroca, o ambiente como cenário, tetos com curvas, camadas e volumes. E o rococó, que hoje está sendo muito usado como base para quartos de bebês, com seus pendentes florais e teto decorado com formas elegantes e exuberantes”, completa o profissional.