O líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), acaba de liberar a bancada a votar como quiser na comissão especial do impeachment. Com uma bancada dividida, o anúncio de Picciani já era esperado e foi aplaudido pelo plenário. "É razoável que os votos sejam dados com a consciência", declarou o líder, o primeiro a usar os 10 minutos do tempo de liderança para se manifestar no plenário.
Em seu discurso, Picciani disse que o julgamento será feito pelo curso da história e que seja qual for o desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, "ainda teremos um grande caminho pela frente". Ele revelou que recebeu muitas mensagens nos últimos dias, seja de defensores do impedimento, seja de defensores do mandato de Dilma.
Ele lembrou que votou no Aécio Neves (PSDB-MG) para a presidência da República, mas disse que não se filia aos que defendem a tese de que a eleição não foi legítima. O peemedebista disse que faltou tanto ao tucano quanto à petista capacidade de pensar no País e que, se o perdedor não se resignou ao aceitar o resultado das urnas, à vencedora faltou o diálogo. "Faltou a capacidade de quem ganhou estender as pontes e buscar uma unidade no País", concluiu.
Picciani encerrou seu discurso afirmando que sua preocupação é com o "passo seguinte" ao impeachment.
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