Estatal 13/06/2016

Após polêmica, aliados de Temer estudam extinção da EBC

A empresa tem hoje duplo comando, após o STF determinar a volta do jornalista Ricardo Melo ao comando da EBC, em disputa entre PMDB e PT
notícia 6 comentários
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Para o ministro Geddel Vieira, empresa que administra canais estatais deveria ser extinta e ter seus servidores distribuídos


Um mês após o presidente em exercício Michel Temer tomar posse, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) se tornou um dos principais focos de disputa entre o governo interino e a presidente afastada Dilma Rousseff. O embate chegou ao ponto de integrantes do PMDB no Planalto pregarem abertamente o fim da estatal criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2007 que hoje tem mais de 2.600 funcionários.


A empresa vive uma situação de duplo comando desde a semana passada, quando o Supremo Tribunal Federal determinou a volta do jornalista Ricardo Melo ao comando da EBC. Ele havia sido nomeado por Dilma uma semana antes do afastamento da presidente para mandato de quatro anos. Com a decisão, a Justiça retirou da estatal o também jornalista Laerte Rímoli, nomeado por Temer.


Rímoli recebeu a empresa com déficit de R$ 94,8 milhões e dívidas a fornecedores de R$ 20 milhões. Ao assumir, iniciou um pente-fino no quadro de funcionários não concursados - na prática, identificar apadrinhados do PT em cargos como 11 gerentes e 30 coordenadores.


O jornalista cortou duas das oito diretorias e reduziu de 42% para 33% o porcentual de cargos ocupados por servidores de fora do quadro da EBC. Também foram suspensos contratos que somam quase R$ 3 milhões anuais.


Mas, após reassumir o posto, Melo recontratou apadrinhados petistas exonerados por Rímoli, como a mulher de Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde do governo Dilma e secretário municipal de Saúde de São Paulo. Thassia Azevedo é assessora da vice-presidência da EBC em São Paulo, com salário de R$ 13,4 mil.


Extinção

Melo não quis comentar a proposta de extinção da EBC, defendida por aliados próximos de Temer no Planalto. Um dos entusiastas da extinção da estatal, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima classifica a empresa como “emblema do aparelhamento do PT no governo”, que só gera “desperdício de dinheiro”.

 

Segundo Geddel, a extinção da EBC ainda não é um projeto de governo, mas de alguns integrantes da gestão Temer. Para o ministro, a empresa deveria acabar e ter seus servidores distribuídos.


Moreira Franco é outro defensor da proposta. Segundo ele, foi encomendado estudo no Ministério do Planejamento sobre a viabilidade da EBC. A assessoria de Temer diz que o assunto não está em discussão na Presidência.


Aliado próximo de Temer, Moreira diz não fazer sentido manter uma estatal com programação parecida com a das empresas privadas. Edvaldo Cuaio, do Conselho de Administração da EBC, rechaçou a intenção. Ele destaca que funcionários da empresa não aceitam que ela seja usada como “massa de manobra” para o governo do momento. (Estadão Conteúdo)

 

espaço do leitor
Pietro Cans 14/06/2016 09:18
E tem a tal das "zelites" também...são malvadas, perversas, cruéis (mas companheiras no assalto ao erário, pagam bem comi$$ão, uma maravilha)
Pietro Cans 14/06/2016 09:17
Não tem argumentação?! Culpe a Globo! Não sabe o que dizer, acuse-os de golpistas! Está perdido no meio de uma confusão? São fascistas. E blábláblá? São os fantasmas do passado... rsrsrs
Pietro Cans 14/06/2016 09:15
A globo, a oncinha pintada, o saci pererê, a mula sem cabeça e aa "mídia golpista", sempre ela! Socooooooro!
Eduardo Barros Leal 14/06/2016 07:55
A ordem de extinção deve ter partido da Globo, ela, e apenas ela, tem o dominio da verdade, por isso o país está cheio de idiotas.
Júlio Coelho 13/06/2016 15:38
Uma empresa com dividas de mais de 100 milhões e que tem 42% de cargos comissionados apadrinhados de políticos com gordos salários. Esse é um quadro típico de uma empresa desnecessário a um governo serio. No entanto e lamentável que a extinção tenha sido proposta após uma disputa pelo poder. E não um ato administrativo sério.
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