Nas 43 horas de discussão, que tiveram início na sexta-feira, e nas mais de oito horas de votação de ontem, a presidente Dilma Rousseff assistiu a um festival de traições na decisão da Câmara dos Deputados de autorizar o Senado a abrir o seu processo de impeachment.
No Ceará, a principal traição veio pelo voto de Adail Carneiro (PP). Secretário do governo Camilo Santana (PT) até a sexta, ele foi exonerado para se posicionar contra o pedido e chegou a aparecer em foto com Dilma no sábado.
Só PT e PCdoB não registraram defecções entre os partidos que, ao menos oficialmente, compõem a base aliada da petista. O abandono do barco incluiu até mesmo ministros de sua gestão até outro dia, como Mauro Lopes (PMDB-MG), titular da Aviação Civil até quinta, e Alfredo Nascimento (PR-AM), que anunciou em plenário a renúncia à presidência do PR.
Segundo a Folha de S.Paulo apurou, Dilma e o ex-presidente Lula consideraram uma “decepção” a alteração de posição de Nascimento, já que a cúpula do partido trabalhou contra o impeachment, entre eles o ministro Antônio Carlos Rodrigues (Transportes).
Na primeira gestão de Dilma, Nascimento foi exonerado em meio à “faxina ética”, como ficou conhecida a queda em série de ministros acusados de envolvimento em suspeita de irregularidades.
Além do voto do ex-ministro, o governo lamentou principalmente as traições no PSD e no PP. A equipe da presidente teria jogado a culpa nos presidentes nacionais dos partidos, Gilberto Kassab e Ciro Nogueira.
Até o último momento, Dilma e Lula tentaram reunir votos mínimos no PMDB, PP, PR e PSD, mas a ação contrária de Michel Temer (PMDB) e aliados conseguiu anular a ofensiva. (das agências)
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