A bancada de deputados federais do PMDB decidiu por ampla maioria apoiar o impeachment de Dilma Rousseff, mas não declarou “fechamento de questão”, que colocaria os dissidentes sob ameaça de expulsão.
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A votação foi simbólica, sem registro nominal dos votos. O governo pretendia obter até 20 votos da bancada, entre eles os dos ministros Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e Tecnologia) e Mauro Lopes (Aviação Civil), que reassumiram como deputados ontem para votar no domingo (17).
Os governistas, no entanto, já esperam menos de dez votos. O PMDB tem a maior bancada da Casa, com 67 deputados – 45 deles declaram voto pró-impeachment, segundo levantamento da Folha de S.Paulo feito ontem.
Também fiel a Dilma, o líder da bancada, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que irá respeitar a decisão da maioria e que irá orientar o voto contra a petista, mas votará contra o impeachment.
Segundo relatos de deputados, quase não houve manifestação de defesa de Dilma. A tônica foi o ataque ao governo e ao PT.
Do lado de fora foi possível escutar parte do discurso do deputado Leonardo Quintão (MG). “Não irei me vender por cargos ou promessas até hoje não cumpridas”, berrou o deputado. Conforme ele, o PMDB vai “reformar” o país a partir do dia seguinte à posse de Michel Temer.
O PMDB fez parte dos governos do PT na maior parte do tempo, em condições que sempre incluíram a negociação de ministérios, cargos e verbas.
PP
Outros partidos governistas, como o PP e o PSD, já haviam manifestado, por maioria, apoio ao afastamento da presidente petista. No PP, havia ainda uma contraofensiva do governo, que negociava com o deputado Eduardo da Fonte, ex-líder da bancada.
Um acerto incluía a efetivação de José Rodrigues Pinheiro Dória, que era secretário nacional da Integração, como novo ministro da Integração Nacional.
Segundo relatos, Fontes prometia entregar ao governo de 5 a 6 votos – dos 46 deputados do partido ouvidos pela reportagem, dois declaram ser contra o impeachment e outros nove não definiram (incluindo Eduardo da Fonte, que se diz indeciso).
O presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, porém, entrou no circuito para enquadrar Fonte, e Pinheiro Dória declinou do convite para aceitar o ministério, o que indica uma vitória da ala do PP
pró-impeachment.
Em acerto com Temer, Nogueira marcou para hoje reunião da executiva do partido com o objetivo de definir punições para deputados dissidentes. (Folhapress)
SAIBA MAIS
Supremo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou manifestação defendendo que o STF anule o indiciamento da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) pela PF por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras. No texto, a PGR critica o ato e aponta que o indiciamento fere entendimento do STF que proibiu a PF, em 2007, de fazer, por conta própria, o indiciamento de autoridades com foro privilegiado, como o presidente da República, ministros de Estado, senadores e deputados.
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