Eleito governador ontem, Camilo Santana (PT) é conhecido por colegas e subordinados pelo estilo discreto. Não por falta de posições de destaque em sua trajetória: deputado estadual mais votado em 2010 e secretário de áreas estratégicas do governo Cid Gomes (Pros) por oito anos, não fez alarde e manteve perfil cauteloso e pouco afeito a protagonismos. Alçado pelo governador como seu sucessor, o deputado comedido e secretário de fala cuidadosa terá agora de se tornar principal o ator principal da vida pública cearense pelos próximos quatro anos.
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“Tenho o dom de bater o olho em uma pessoa e saber se ela é do bem. Vi isso no Camilo e resolvi o escolher”, justificou ontem Cid Gomes, enquanto acompanhava em Fortaleza votação do prefeito Roberto Cláudio (Pros), outro político a quem alçou ao Executivo. Aliás, própria chegada de Roberto Cláudio à Prefeitura passou perto de esbarrar na inclinação do governador ao petista.
“Se Camilo tivesse sido indicado pelo PT a prefeito em 2012, eu teria o apoiado”, disse Cid. Entre outras razões, o governador afirmou ter indicado o petista para seu sucessor pela “sincera solidariedade com as pessoas mais pobres” e carisma.
Entre colegas, a imagem mais frequente é a discrição e a abertura para sempre discutir amplamente projetos. “O Camilo nunca foi o centro das atenções. Sempre foi sério e dedicado, mas nunca protagonista”, diz o ex-secretário Paulo Lustosa, que conviveu com Camilo no governo cidista por três anos e meio.
Governador do PT Com a menos petista das campanhas que o partido já teve no Ceará, Camilo assume em janeiro como primeiro governador do PT no Estado. Segundo Cid, a filiação de seu sucessor foi determinante em sua escolha. “Quisemos fazer um aceno ao PT nacional”. A indicação petista teria como objetivo evitar apoio do ex-presidente Lula (PT) a Eunício Oliveira (PMDB). “Lula estava dúbio quanto a isso”.
Apesar disso, própria história de Camilo não se confunde com a de seu partido no Estado. Professor do Centro de Estudo Tecnológico do Ceará (Centec) e servidor do Ibama, migrou do PSB para o PT apenas após o partido chegar ao poder, em 2003, acompanhando o pai Eudoro Santana - atual presidente do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor).
Foi candidato a prefeito de Barbalha em 2000 e 2004. No primeiro ano do primeiro mandato de Cid, em 2007, assumiu a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Em 2010, foi eleito deputado estadual mais votado do Ceará. De 2011 a 2013, porém, não exerceu o mandato. Licenciou-se para ser secretário das Cidades.
Alçado pelo governador como seu sucessor, o deputado comedido e secretário de fala cuidadosa terá agora de se tornar principal protagonista da política cearense
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