O governador Cid Gomes (Pros) terá de decidir se irá ou não acionar a Força Nacional de Segurança Pública para atuar na Capital e Região Metropolitana durante o segundo turno das eleições, marcado para o próximo dia 26.
A pressão surgiu depois de pedido feito pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-CE) de que tropas nacionais sejam requisitadas para atuar no Estado. A solicitação da PRE foi provocada por denúncias de que a Polícia Militar estaria mantendo viaturas estacionadas em pontos fixos no dia das eleições do primeiro turno - facilitando a prática da boca de urna no pleito.
Um ofício expedido na segunda-feira, 13, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), chegou ontem às mãos do governador, dando prazo de até 24 horas para que Cid decida se irá acatar ou não o requerimento assinado pelo procurador Rômulo Conrado.
Até o fim da tarde de ontem, o governador e o secretário de Segurança Pública do Ceará, Servilho Paiva, negaram-se a repercutir o assunto sem antes decidir por uma posição oficial. A expectativa era de que eles iriam encontrar-se à noite para alinhar o discurso.
Um dos pontos que baseou a construção do ofício da PRE-CE foi denúncia feita por Cid sobre a existência de “milícias” na PM cearense. O episódio aconteceu na semana que sucedeu o primeiro turno das eleições e também teve as vozes do deputado estadual reeleito, Ivo Gomes (Pros), e do secretário de saúde, Ciro Gomes. A denúncia acirrou ainda mais a troca de acusações entre os irmãos Ferreira Gomes e o deputado estadual mais votado no Ceará, Capitão Wagner (PR).
A expectativa de Rômulo é que não haja resistência por parte do governo. “A gente sustenta que, independente disso, esse reforço federal é para que haja uma maior segurança no segundo turno”, diz. Segundo observa Rômulo, a necessidade é de que haja um incremento no efetivo policial na Capital e na Região Metropolitana, deixando os municípios do Interior fora deste eixo. “No Interior, embora tenha tido algumas ocorrências, não vemos a necessidade (de tropas nacionais)”, descarta.
Viaturas paradas
“O que houve foi uma paralisação de viaturas (da PM). A gente considera que esse modelo prejudicou a fiscalização (de possíveis crimes eleitorais). Na verdade, houve uma omissão por parte da Polícia”, critica o procurador.
A polêmica operação policial repercutiu na Assembleia Legislativa. Parlamentares apontaram que a Polícia teria agido em benefício dos candidatos Camilo Santana (Pros) e Eunício Oliveira (PMDB).
Na semana passada, a cúpula da segurança pública rebateu a informação de que as viaturas teriam deixado de circular. Apenas teriam atendido às chamadas da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops).
Saiba mais
1. Licença
O governador Cid Gomes tirou licença do cargo para fazer campanha na eleição do candidato que apoia, Camilo Santana. Quando surgiram as denúncias, ele disse que iria voltar ao cargo para apurar. Assessoria diz que a licença acabou no dia do pleito.
2. Segurança
O plano de segurança para as eleições foi entregue ao TRE pelo secretário da Segurança Pública no fim de setembro. Segundo o TRE, 10,2 mil policiais foram escalados para fazer a segurança no dia da eleição, quando o efetivo normal seria 4,2 mil.
3. Cap. wagner
Deputado estadual recém-eleito, capitão Wagner sugeriu, após o primeiro turno, que Cid que pedisse auxílio federal. “Se ele suspeita de que haja qualquer favorecimento, ele pode chamar a Força Nacional, o Exército para trabalhar nas eleições".
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