Capitão Wagner (PR) consagrou-se ontem como o deputado estadual mais votado na história do Ceará. As urnas o elegeram com 194.239 votos, marca histórica para a Assembleia Legislativa. O recorde pertencia desde 2002 ao Delegado Cavalcante (140.829 votos) - que agora nem se reelegeu, somando apenas 17.371 votos.
Moroni Torgan (DEM) liderou a votação para deputado federal. Obteve 277.774 votos, a terceira maior de um federal do Ceará. Estava sem mandato desde 2007. Ironicamente, os dois puxaram suas campanhas reclamando da mesma segurança pública, mas apoiando lados opostos: Wagner apoia Eunício Oliveira (PMDB); Moroni é apoiador de Camilo Santana (PT).
O capitão, atualmente vereador e também campeão de votos para a Câmara Municipal em 2012, é líder da categoria de PMs insatisfeitos com o governo Cid Gomes (Pros). Moroni, em todas as suas campanhas anteriores, sempre bradou feitos dos tempos de delegado federal e secretário da Segurança Pública no primeiro governo Tasso. Serão presença certa nos palanques do 2º turno, juntos somam mais de 472 mil votos.
Casal vice-campeão
As urnas também revelaram outros dois fenômenos eleitorais. Os dois segundos mais votados para Assembleia Legislativa e Câmara Federal, pelo Ceará, respectivamente, são marido e mulher: Aderlânia Noronha e Genecias Noronha, ambos do Solidariedade. Genecias se reelegeu (foi o 3º federal mais votado em 2010) e Aderlânia estreia como deputada estadual.
No fim de 2013, o livro Os Ben$ que os Políticos Fazem, do jornalista Chico de Gois, revelou que o patrimônio de Genecias cresceu 40 vezes em dez anos de vida pública. Evoluiu de R$ 98.800, quando ele se candidatou a vice-prefeito de Parambu em 2000, para mais de R$ 4,6 milhões em 2010, conforme a declaração de bens informada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Em seu site, diz que concorre à reeleição “por acreditar que o Ceará ainda tem muito o que melhorar”.
O parlamento cearense também ganha novos “desempregados”, com anos seguidos de mandatos. O mais emblemático deles é Mauro Benevides (PMDB), 84 anos, deputado há 55 (desde 1959). Chegou a presidir o Senado e até, interinamente, assumir como presidente da República. Teve 60 mil votos, não se reelegeu.
Entre os que não ganharam novo mandato também estão: Inácio Arruda (PCdoB), Téo Menezes (DEM), Fernando Hugo (SD), Vicente Arruda (PR), Edson Silva (Pros), Dedé Teixeira (PT), Raquel Marques (PT), Lula Morais (PCdoB), Professor Teodoro (PSD) e Sineval Roque (Pros). (Colaboraram Samaísa dos Anjos e Amanda Araújo)
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