Plínio Bortolotti, jornalista do O POVO
Desde que os dois turnos para as eleições foram instituídas no Brasil, na Constituinte de 1988, já ocorreram sete disputas presidenciais, em cinco houve segundo turno. O PT nunca foi eleito no primeiro turno, privilégio desfrutado pelo PSDB, com Fernando Henrique, por duas vezes.
Assim, quanto ao Partido dos Trabalhadores, está se cumprindo a escrita. Lula passou por isso em suas duas eleições e Dilma segue-lhe o curso: resta saber se ela será reeleita, como o seu padrinho, ou se descerá a rampa do Palácio do Planalto.
Nesta eleição de surpresas - uma delas trágica - o PT talvez esteja arrependido tratamento dispensado a Marina, depois de sua meteórica subida nas pesquisas, após a morte de Eduardo Campos. Assustados, os conselheiros de Dilma resolveram transformar Marina em inimiga preferencial, e o papel de algoz não foi terceirado: a própria Dilma ocupou-se dele.
Porém, o crescimento de Marina parece ter sido inflacionado por várias circunstâncias que, passadas, acabaram por reduzi-la ao tamanho de quatro anos atrás: 20 e poucos milhões de votos. Aécio Neves, que correu o risco de virar um nanico quando o cometa Marina riscou o céu, agigantou-se, tomou-lhe o lugar no segundo turno e aproximou-se perigosamente (para o PT) de Dilma, destinada, pelas pesquisas, a estar no segundo turno. Se insuficiente para levar Marina ao segundo turno, a sua quantidade de votos é mais do que respeitável, tornando-a noiva mais cobiçada do Brasil. A questão é quem vai conquistá-la, pois Marina não se dá facilmente, costuma recolher-se, fazer várias consultas, incluindo uma conversa com Deus, para depois decidir. Agora é esperar a quem, “sonhaticamente”, Marina dedicará seus predicados: a Dilma, ocupada em “desconstruí-la”, ou a Aécio, que tampouco a poupou?
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