Fora do segundo turno e apesar de não citar nomes, Marina Silva sinalizou na noite de ontem que pode apoiar um dos candidatos à Presidência, diferentemente da posição que tomou em 2010, quando se declarou neutra. Em um espaço de eventos em São Paulo, ela afirmou que o programa de governo que lançou é a base de qualquer diálogo e indicou na direção de Aécio Neves (PSDB), da oposição, ao afirmar que “o Brasil sinalizou claramente que não concorda com o que aí está” e que reivindica uma “mudança qualificada”.
“É com esse senso de responsabilidade que participarei como liderança. (...) Nós vamos fazer a discussão, mas obviamente que estatisticamente a população mostra isso (sentimento de mudança), não dá para tergiversar com o sentimento do eleitor”, afirmou, respondendo ao questionamento se descartava o apoio a Dilma.
Aliados de Marina começaram a prospectar sua posição no 2º turno já na tarde do domingo. Alguns afirmam que a ex-senadora deve seguir a posição de 2010, quando não apoiou nenhum dos dois finalistas. No entanto, há no partido quem defenda que ela declare voto. Nesse caso, as maiores apostas são para a aliança com o tucano Aécio.
Apesar de terem detectado a curva de crescimento do tucano, o resultado final deixou muitos marineiros perplexos com o desempenho da candidata, que lembra o do presidenciável Ciro Gomes (PPS) em 2002 ou o do candidato a prefeito de São Paulo Celso Russomanno (PRB) em 2012 --chegaram a alcançar o topo das pesquisas mas desidrataram no final, ficando fora do segundo turno.
Aécio: “União de forças”
Em uma virada inédita na história do Brasil desde a redemocratização, o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, fez um aceno à ex-senadora Marina Silva. “É hora de unirmos as forças. A minha candidatura não é mais uma candidatura de um partido político, de um conjunto de alianças. É um sentimento mais puro de todos os brasileiros que ainda têm a capacidade de se indignar e principalmente de sonhar. Portanto vamos acreditar que é possível dar ao Brasil um governo que una decência e eficiência.”
Aécio disse não ter conversado com Marina e não quis especular sobre a posição da pessebista. Afirmou ter um respeito profundo pela adversária e, em outro gesto a ela, disse que todas as forças que quiserem se somar à sua caminhada “serão bem-vindas”.
Dilma: contra os “fantasmas do passado”
Também disse que o “povo não quer de volta quem chamou os aposentados de vagabundos” e que “trouxeram o racionamento de energia”, em referência ao ex-presidente FHC, fiador da candidatura de Aécio. Nas palavras de um integrante da cúpula da campanha dilmista, se contra Marina o PT abriu a “caixa de ferramentas” para desconstruí-la, lançará mão de uma “oficina inteira” para evitar uma virada do senador.
O tom de preocupação e surpresa tomou conta do Palácio da Alvorada, onde a presidente acompanhou a apuração com sua equipe, diante dos números mostrando que o tucano obteve mais votos do que o esperado. (Folhapress)
Os três candidatos com melhor desempenho e o futuro do Brasil
1. DILMA: “MAIS AVANÇOS”
A candidata à Presidência Dilma Rousseff concedeu entrevista coletiva após apuração da eleição 2014. Dilma disse ter entendido “claramente” o recado das urnas e das ruas, dizendo-se orgulhosa do resultado que, segundo ela, reforça a convicção de que o “povo brasileiro anseia por mais avanços” e mostra que o seu projeto é visto como “a mais legítima e confiável força de mudança”.
2. AÉCIO: “OPOSIÇÃO VITORIOSA”
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, durante pronunciamento após resultado que o levou para o 2º turno. Ele fez críticas ao governo da presidente Dilma e disse que ela perdeu a oportunidade de entregar um país melhor aos brasileiros. "Os candidatos de oposição somados foram vitoriosos, tiveram a maioria dos votos. É isso que nós temos que buscar agora no segundo turno".
3. MARINA: “CONTINUO DE PÉ”
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, votou na sede do Incra no Acre. Após o resultado, ressaltou que, apesar de não ter conseguido chegar ao 2º turno, manteve a dignidade e não abriu mão de seus ideais. “Neste momento, eu estou aqui não como derrotada, mas como alguém que sabe que continua de pé, porque não teve que abrir mão dos princípios para ganhar a eleição”.Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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