O Ministério Público do Ceará (MP-CE) toma hoje depoimentos de funcionários da Prefeitura de Maracanaú, empresários da construção civil e sócios presos por acusação de participação num esquema de fraudes em licitações cujo valor total envolvido chega a R$ 47 milhões. Além dos presos, deverão ser ouvidos hoje outros integrantes da Prefeitura e empresários que também estão sendo investigados.
No sábado, o vice-prefeito e secretário da Infraestrutura de Maracanaú, Carlos Eduardo Bandeira de Mello (PR), entregou-se à Polícia. Ele está preso na Delegacia de Capturas, em Fortaleza. A Justiça decretou na sexta-feira a prisão preventiva de Carlos Eduardo, que, segundo o MP, lideraria o esquema fraudulento, no qual construtoras se revezariam para ganhar licitações em Maracanaú.
Foragida
Doze pessoas foram presas como resultado da operação realizada pelo MP na última terça-feira, 18, em parceria com as polícias Civil e Militar.
Continua foragida: Maria Patrícia Lopes dos Santos, membro da Comissão de Licitação da Prefeitura de Maracanaú. Segundo o promotor de Justiça Manoel Epaminondas, entretanto, o advogado de Maria Patrícia comunicou que ela está em Brasília e vai se apresentar à Polícia, em data ainda não informada.
Na sexta, outras duas mulheres que estavam foragidas tiveram revogados os pedidos de prisão temporária. Rynara Ferreira Ramiro, presidente da Comissão de Licitação, e Lívia Julyana Gomes Vasconcelos, integrante da Comissão, estão grávidas e, por isso, o Ministério Público foi favorável a que a Justiça substituísse os pedidos de prisão temporária por outra medida cautelar, segundo o promotor Epaminondas.
O gestor de licitações de Maracanaú, Alisson Dehon Cordeiro Câmara, também foragido inicialmente, se apresentou à Polícia na quinta, 20. Está preso na Delegacia de Capturas.
O Ministério Público trabalha para concluir as investigações até abril. Os acusados poderão responder por fraude de licitações, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e, eventualmente, peculato.
Entenda as denúncias
De acordo com denúncia do Ministério Público do Ceará, quatro empresas de construção - Cacique, Alves Oliveira, R. Schuch e J. Filho – combinavam para se beneficiar de licitações em Maracanaú. O MP afirma ter havido casos em que as empresas passavam por mudanças para se adequar aos termos de determinadas licitações antes mesmo que os certames fossem divulgados.
O vice-prefeito e secretário da Infraestrutura de Maracanaú, Carlos Eduardo Bandeira de Mello, seria o chefe do esquema, que segundo o MP estava em funcionamento desde 2007 e pode ter ter causado fraudes em licitações com valor de R$ 47 milhões.
A operação do MP e das polícias Civil e Militar, na última terça-feira, 18, prendeu dez pessoas, incluindo membros da Comissão de Licitações e de Fiscalização da Prefeitura de Maracanaú, um coordenador da Secretaria da Infraestrutura do Município, o irmão do vice-prefeito e sócios das empresas suspeitas.
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