1. Quem mais assumiu a luta pela anistia foram as mulheres, que organizaram. Os homens eram retraídos. As de sempre. A Maria (Luiza Fontenele), A Rosa (da Fonsêca) e outras pessoas da universidade. O primeiro ato que aconteceu aqui, tinha uma mulher que foi muito importante nisso, a Therezinha Zerbini. .
2. Quando Ulyssess já estava com muita força, convidaram ele para um jantar na casa de um Jereissati desses. Eu sabia que o grupo não gostava de mim, por causa do meu apoio à greve da universidade, não queria criar o constrangimento. Eu disse: “Doutor, vamos fazer o seguinte. Eu não vou a esse jantar”. “Por quê?” Aquele jeito dele. “Por isso, isso e isso. Eu vou criar um constrangimento. Para o senhor ou então para eles”. Ele disse: “No lugar que eu for e você não for, eu não vou. Mas você vai comigo”. Aí eu fui. Lá era o Tasso, essa corriola todinha de empresário que já estava querendo usufruir do Ulysses. Ih, rapaz, quando eu cheguei lá, bando de... Era Iranildo para cá, Iranildo para lá. Aí Ulysses falou: “Rapaz, você disse que esse povo
num gosta de você, daquele jeito?” (Risos).
3. A maior mágoa que tenho nessa história todinha é eu ter saído do meu partido. O partido, o MDB, não saiu de mim. Eu saí do MDB, mas ele não saiu de mim. Tive mágoa profunda ao deixar o partido, ir para essas outras coisas. Só fui por causa do Juraci (Magalhães). Se não eu tinha deixado a política totalmente, não queria
mais nem saber.
3 MANDATOS
parlamentares foram exercidos por Iranildo Pereira. Dois na Assembleia Legislativa e um na Câmara dos Deputados
2006
REGISTROU a última participação dele numa campanha eleitoral. Na época, como candidato a vice-governador pelo PL
Perfil
Iranildo Pereira de Oliveira, 77, foi deputado estadual (duas legislaturas) e deputado federal. Entrou na política pelo PSD, ainda jovem, depois participou do processo de criação do MDB, posteriormente do PMDB, mas hoje está filiado ao PR. Um dos mais combativos políticos brasileiros da época do governo militar, sempre atuando na linha oposicionista, ganhou destaque pelo poder como orador. Advogado, é natural de Santana do Cariri.
Pergunta do leitor
Maria Luiza Fontenele – - Você, que sempre foi um companheiro de luta, que deu contribuição muito grande na luta pela ditadura, como vê esse momento de crise e a alternativa que nós estamos propondo, de rompimento com o capitalismo?
Iranido - O problema de a gente analisar o comportamento delas é que é meio difícil porque foge um pouco ao padrão. Aliás, foge muito ao padrão. Não querem participar de eleição. Não querem a democracia do jeito que nós pregamos e lutamos. Tem um comportamento estranho em relação aos padrões normais de todo brasileiro. Luta por coisas que, na verdade, são meio surrealistas. Eu não sei o destino. É uma pessoa de muito valor, que poderia estar mobilizando as massas, com mandato, defendendo o povo de forma mais objetiva. Mas, lamentavelmente, esse caminho (seguido por Maria) não é o caminho da sociedade.
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