Um levantamento da ONG Transparência Brasil sobre as últimas eleições, de 2014, mostra que 49% dos parlamentares que atuam no Congresso brasileiro têm algum parente político. O objetivo do estudo era mostrar que, apesar de o quadro de congressistas ter ganho novos nomes, as cadeiras do Legislativo continuam nas mãos dos mesmos grupos.
Seja pai, seja ex-marido, a incidência de deputados e senadores com tradição familiar política é maior entre mulheres. Com 10% das vagas do Congresso, mais da metade delas (55%) têm algum parente, consanguíneo ou por matrimônio, que lhes acompanhou ou precedeu na carreira política. É o caso citado da deputada federal e ex-prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins, que foi casada com o ex-líder do PSB do Ceará, Sérgio Novaes. O estudo também destaca que todas as sete vice-governadoras eleitas no País têm parentesco com algum político. No Ceará, a vice-governadora , Izolda Cela, é casada com o prefeito de Sobral, Veveu Arruda. Ambos integram o grupo político dos irmãos Ferreira Gomes.
A região Nordeste lidera nas relações de parentesco entre políticos, chegando a 63% dos eleitos na Câmara e 59% dos que chegaram ao Senado. Pelo filtro da ONG, os senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Eunício Oliveira (PMDB) entram nesta contagem. O primeiro por ser filho do ex-senador Carlos Jereissati e o segundo por ser irmão da ex-prefeita de Lavras da Mangabeira, Dena Oliveira, e genro de Paes de Andrade, ex-deputado federal.
Entre os parlamentares mais jovens, com 35 anos ou menos, o percentual de eleitos com parentes chega a 85%, o que mostra que a estrutura pode se manter nas próximas gerações. (Isabel Filgueiras)
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