Saúde 23/03/2016

Ceará confirma microcefalia associada ao zika em bebê vivo

Ao todo, nove bebês tiveram diagnóstico laboratorial confirmado para zika, mas as outras oito crianças morreram. Esta é a primeira confirmação de microcefalia associada ao vírus em um bebê vivo no Estado. Rede de saúde de Fortaleza se articula para atender à demanda
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Eduarda Talicy .

Pela primeira vez, o Ceará confirma diagnóstico de microcefalia associada ao zika vírus em um bebê vivo. Ao todo, são nove confirmações, no entanto, as outras oito foram diagnosticadas em crianças que faleceram devido à má-formação. Os dados são do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) na tarde de ontem. O bebê diagnosticado é de Fortaleza.

De outubro de 2015 ao último dia 18, foram registradas 417 notificações e 68 casos confirmados de microcefalia e alterações do Sistema Nervoso Central (SNC) no Estado. O número atual de confirmações é 41% maior que na semana passada.

Segundo o boletim, do total de casos notificados, 347 foram detectados no pós-parto e 70 durante a gestação. São 28 óbitos notificados, sendo quatro casos de natimortos e 24 de crianças que morreram após o nascimento. Destes, 13 permanecem em investigação e 15 foram confirmados como advindos de infecção congênita — incluindo os oito já confirmados como relacionados ao zika.

O médico infectologista Robério Leite explica que as confirmações podem ser feitas por meio de análise sorológica ou de captação do líquor (líquido cerebral usado também para diagnóstico de meningite). “O sistema nervoso central consegue preservar a presença do vírus e isso facilita a detecção, principalmente num bebê que foi a óbito”, afirma. Ainda segundo o médico, a confirmação em crianças que morreram pode ser devido à prioridade, já que, nestes casos, as famílias se empenham mais em saber as causas.

Assistência

Na manhã de ontem, o 2º Fórum de Maternidade e Rede Cegonha, promovido pela Prefeitura de Fortaleza, debateu o acesso da gestante aos serviços especializados e as competências do Município para identificar com rapidez e precisão os casos de microcefalia.

Foram debatidos também os locais para onde serão encaminhadas as crianças que, de fato, nascerem com a síndrome.

De acordo com a coordenadora da Célula de Atenção à Saúde da Mulher, Léa Dias, ficou acordado que, após ser examinada por equipe médica, a gestante com a sintomatologia do zika deve fazer uma bateria de exames para detectar ou excluir doenças como dengue e chikungunya, antes de se submeter a exames como a ultrassonografia morfológica.

Se confirmada a infecção pelo zika, a mulher tem de ser encaminhada para a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, o Hospital Geral César Cals ou o Hospital Geral de Fortaleza, onde ficará até o parto.

Todos têm equipes e tecnologia necessárias para a estimulação precoce nos recém-nascidos, garantiu Léa. Ela adiantou ainda que a Prefeitura pretende abrir outras três portas de atendimento para estimulação nos Gonzaguinhas. (colaborou Luana Severo)

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