Jaguaribara 27/02/2016

A cidade de Jaguaribara, antes inundada pelo Castanhão

O baixo nível do açude que banhou a velha cidade permite um passeio pelas antigas ruas principais
notícia 5 comentários
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Thaís Brito cotidiano@opovo.com.br
CAMILA DE ALMEIDA
Baixo nível do Castanhão deixa à mostra antigas estruturas de Jaguaribara, esvaziada em 2001

Os abrigos de ônibus ainda de pé, as lombadas, um canteiro central e edificações demolidas às margens da estrada. Depois de 16 quilômetros fora da BR-116, vai ficando claro que a rodovia desativada um dia serviu de acesso aos moradores da velha Jaguaribara. A cidade que já esteve banhada pelo açude Castanhão vem se revelando desde 2013. E a redução do nível do reservatório, que ontem tinha 9,98% do volume, deixa os escombros cada dia mais distantes da água.

 

Há dois anos, indícios da velha Jaguaribara começaram a ser vistos em passeios de barco. O trajeto por terra segue por fora do reservatório, pela BR-116 no sentido do município de Jaguaribe. Depois, é encontrar o trevo de acesso à antiga cidade e seguir pela estrada que já esteve submersa.


Casa, escola, mercearia, o paralelepípedo das ruas. Tudo ressurge misturado nas estruturas demolidas e quase irreconhecíveis. A decisão de levar tudo ao chão visou a segurança dos banhistas e pescadores do Castanhão. Foi logo depois da transferência das famílias em 2001 para a nova Jaguaribara. À época, o Governo do Estado quis evitar que a cidade abandonada fosse reocupada antes que o açude ficasse pronto. A conclusão da obra veio em 2003.


Longe das ruínas, o pescador Francisco de Assis da Silva já se mostra adaptado à vida fora da velha Jaguaribara. Não se apega ao passado e insiste em continuar no Castanhão. É onde ele e a esposa Selma sobrevivem pegando tilápia e tucunaré. Como a seca não dá trégua, ele lembra da filha que mora no Rio Grande do Norte. “Ela vive chamando a gente, mas eu não quero ir. Só se for o jeito mesmo”, avisa.


Enquanto professa fé na chuva boa, o casal contorna as dificuldades. “Aqui dava peixe demais. Começou a ficar ruim do começo do ano pra cá. Ele fica mais sabido e se esconde”, lamenta Assis. Ele e Selma costumavam partir com a canoa logo na saída da Vila Pesqueira do Alto Santo, onde moram. Agora, são pelo menos quatro longas descidas por dia até a embarcação. Andando por um trecho original da BR-116, também reaparecido após a seca. Coisa de quando o Castanhão conseguia banhar também este pedaço de asfalto, pois a rodovia foi desviada em 26 quilômetros para dar espaço ao açude.

espaço do leitor
Carlos Aurélio Santos Aurélio 27/02/2016 22:17
Concordo!! Já critiquei aqui essa "carência de recursos vusuais" nas matérias do O POVO, algumas seque tem imagens...vamos melhorar né!!!
Rafael Willian Amazonas 27/02/2016 15:02
Concordo com o Helson Neres
Helson Neres 27/02/2016 10:50
DICA DE LEITOR: Matérias como essa deviam possuir um maior acervo de fotos para o leitor. Falo também por mim que ao me deparar com uma notícia deste cunho crio uma expectativa de visualizar de forma mais detalhada a cena narrada na matéria. O material visual sempre ajuda na formação de uma leitura prazerosa para o público almejado do jornal. Abraços! \0/
Helson 27/02/2016 10:32
Nesta matéria deveriam colocar várias fotos da cidade que estava submersa. Quem lê a notícia espera ver detalhes do que se é tratado.
leonardo 27/02/2016 09:01
Acho que se colocassem mais fotos, procurassem ouvir outros moradores, ficaria bem melhor.
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