Número de consultas aumenta 39% após o Mais Médicos

Foram 409.431 consultas em janeiro do ano passado e 569.141 em janeiro último, no Ceará. Também houve acréscimo de 59% no atendimento de urgência na atenção básica

Rachel Gomes rachelgomes@opovo.com.br

EVILÁZIO BEZERRA

Foram realizadas 569.141 consultas nas unidades básicas em janeiro deste ano no Ceará

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O número de consultas realizadas nas unidades básicas de saúde dos municípios cearenses em janeiro deste ano aumentou 39% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério da Saúde divulgados ontem durante o Seminário Mais Médicos Para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros. Foram 409.431 consultas em janeiro do ano passado e 569.141 em janeiro último.

Os números apontam também para um aumento de 59% no atendimento de urgência na atenção básica e crescimento nos atendimentos a pacientes com hipertensão, diabetes e dependentes de drogas. Em nível nacional, as consultas cresceram 35% no intervalo de um ano em que o programa Mais Médicos começou a atuar.

Avanços

Os avanços foram recebidos positivamente pelos representantes dos órgãos de saúde do Estado, além de prefeitos e secretários dos municípios cearenses. De acordo com o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Hêider Pinto, o principal avanço foi a cobertura de 100% da demanda de atendimento no Ceará, atingindo a marca de 905 médicos do programa distribuídos em 160 municípios, atendendo mais de três milhões de cearenses.

“O aumento no número de atendimentos significa que o cearense está confiando mais nos serviços das unidades básicas. Quando um paciente passa mal agora, ao invés dele ir para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), para encher as filas dos hospitais, ele está indo para perto da casa dele, que é mais cômodo, para ser tratado por uma equipe que conhece ele”.

No seminário, o médico brasileiro Thiago Ponciano, formado em Cuba, falou sobre sua experiência com o programa. “O interessante é quebrar tabus e preconceitos. Eu lembro que durante a minha primeira reunião com minha equipe, eles me perguntaram se eu ia fazer pré-natal, atendimento domiciliar, porque eles não estavam acostumados com médicos que fizessem esses procedimentos”, lembra.

Para a médica cubana Jane Gonçales de Sousa, o programa está atingindo seu objetivo de levar médico para lugares mais longes. “O principal é isso, é atender o povo que mais precisa de atenção e dessa forma penso que está sendo muito positivo desde que chegamos”, destaca.

Saiba mais

Crescimento de outros índices da saúde pública, segundo levantamento do Ministério da Saúde:

Atendimentos a pacientes com hipertensão: 67,5%

Atendimentos em saúde mental: 46,5%

Consultas de demanda imediata: 45,2%

Consultas agendadas: 32,5%

Consultas de cuidado continuado: 38,7%

Atendimento de urgência na atenção básica: 59%

Atendimento a pacientes com diabetes: 19,4%

Atendimento a usuários de álcool: 50,2%

De acordo com o Ministério da Saúde, a meta do Mais Médicos é aumentar de 374 para 600 mil o número de médicos no Brasil até 2026. Para isso, o Governo prevê ações voltadas à expansão e descentralização da formação médica no Brasil, explica Hêider Pinto. O objetivo, segundo ele, é criar, até 2018, 11,4 mil novas vagas de graduação em Medicina e mais de 12 mil novas vagas de residência médica no País.

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Fernando Fernandes 11/06/2014 20:47

Essa fiscalização tem q ser da sociedade civil, pois os governos do PT e nem muito menos do PSDB e etc. irão fazer enquanto o "críticos" estiverem bestializadamente ligado a eles!!

Fernando Fernandes 11/06/2014 20:41

O Brasil ainda precisa melhorar muito na estrutura da saúde... falta fiscalização dos gestores na aplicação dos recursos, pois dinheiro não falta mais.