PÓS-TRAUMA 31/05/2014

Apoio a vítimas é fundamental, diz psicólogo

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Ingrid Coelho ingridrodrigues@opovo.com.br

 

A vítima de assalto - ou simplesmente o espectador da ação criminosa - pode desenvolver problemas psicológicos. Pode, inclusive, não conseguir mais voltar ao trabalho e viver do trauma. A Síndrome do Evento Pós-Traumático, problema que afetava mais comumente apenas a saúde de trabalhadores da segurança pública, agora é identificada também em motoristas e cobradores do transporte coletivo. Reflexo do cotidiano de violência a que os profissionais estão submetidos.


A explicação é do psicólogo e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) Cássio Braz, que coordena o Núcleo de Psicologia do Trabalho (Nutra), do Departamento de Psicologia.


A síndrome, detalha Braz, “tem consequências sérias”. O desenvolvimento da chamada Síndrome do Pânico é uma delas. A dificuldade em reassumir a função exercida durante o trauma também. “Muitos profissionais vão precisar de assistência psicoterápica ou psiquiátrica. O comprometimento com a atividade acaba sendo muito sério”, diz.


“É preciso que as empresas passem a olhar para o trabalhador com um outro olhar. São pessoas que passam por processo de sofrimento e que tem que ser olhadas como pessoas”.

 

O POVO procurou o Sindiônibus sobre a questão,porém a assessoria de imprensa não respondeu o email nem atendeu
as ligações feitas na tarde de ontem.

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